Pandemia acelera avanços e investimentos tecnológicos no varejo

02.09.2021

Foto: Nike/Divulgação.
Nike/Divulgação
Priscila Marocco, estrategista de varejo, aponta que neste cenário de transformações é que nasceu o conceito phygital

Com a pandemia tivemos uma aceleração dos avanços tecnológicos no varejo. Nesse cenário nasce o conceito “phygital”, em que as lojas que antes eram físicas ou e-commerces, agora são híbridas, contando com uma variedade de canais como pontos de contato do cliente com a marca. Muitas foram as previsões, mas em um ano e meio já conseguimos enxergar que estas transformações vieram para ficar.

Hoje, a criação de conteúdo para as redes sociais é um dos principais departamentos de uma loja. Por meio das mídias, a empresa chega até a palma da mão dos clientes, sem barreiras geográficas. Cenários para criação de fotos de produtos e campanhas tomam o espaço que antes eram apenas de expositores. Esses cenários podem ser temporários tanto para uma campanha específica quanto para uma coleção ou temporada.

Outra necessidade que surgiu foram os cenários para serem usados por horas, em eventos ao vivo e on-line, como lives de venda, de liquidação ou lançamento. Nestes casos é necessária a criação de um ambiente estratégico para a transmissão, com iluminação, boa acústica e visual merchandising pensado especificamente para a facilidade do manuseio dos objetoso na live. Vale tudo na hora de criar um ambiente criativo e interativo, que traga para o consumidor toda a essência da marca. A partir do visual, crie uma experiência imersiva, mesmo a distância.

Para acompanhar a velocidade do olhar digital, nas vitrines físicas aparecem ainda mais o uso de movimento e interatividade. Pode ser através de telas para mostrar fotos ou vídeos dos produtos ou para complementar a cenografia. Projeções e projetos luminitécnicos diferenciados e coloridos fazem a loja se destacar no meio da arquitetura urbana. QR code na fachada para levar o cliente para o site da loja ou redes sociais é uma ótima opção para quem foi atraído pelos produtos da vitrine, quando passou de carro ou está com pressa.

Dentro do ponto de venda, os tablets e totens auxiliam o processo de venda. Do processo de atração a finalização com pagamento, deixando o cliente totalmente independende de pessoas, formalizando o processo de self service. A mudança das trasações também acontece em lojas onde o caixa está deixando de existir e as próprias vendedoras individualmente finalizam as vendas em qualquer parte do estabelecimento, evitando filas e deslocamento.

E de todos os avanços, o que mais impressiona é a personalização de ofertas a partir de dados. Aquele e-mail marketing em massa para todos os clientes está caindo em desuso. Sistemas de CRM ajudam lojistas com os dados do cliente, como preferências de compra, de pagamento, tamanhos, etc. Com essas informações a loja mapeia o comportamento do consumidor e envia comunicados que sejam realmente relevantes para cada perfil, aumentando as chances que esse e-mail realmente faça com que o cliente compre. Aquela sensação de: “nossa, nessa loja eles realmente prestam atenção em mim, conhecem meus gostos”.

São muitas novidades e algumas parecem grandiosas demais para quem tem um negócio pequeno, mas não são. Quanto mais se popoularizam, mais acessíveis elas ficam. Abrace a tecnologia como uma facilitadora dos processos de venda, comunicação e relacionamento com o cliente para manter sua loja atualizada e relevante para o consumidor. Vale o investimento!

Priscila Marocco

Priscila Marocco - Visual merchandiser, vitrinista e estrategista de varejo. Graduanda em design de moda. Trabalha há 17 anos dentro de lojas físicas, todos os dias. Diretora criativa na 220v Visual Merchandising e Consultoria.

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