Loja física será apoio para o digital e não o contrário

05.04.2022 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Foto: Divulgação
Piccadilly adotou estratégia de omnicanalidade para dar fluidez ao processo de compra
Na pandemia, o varejo precisou se reinventar para manter o bom relacionamento entre marca e consumidor. E, a principal mudança que perdurará no pós-pandemia, é a inversão da ordem preestabelecida de que os meios digitais apoiam os negócios físicos. A avaliação é do Grupo Bittencourt, consultoria paulistana especializada no desenvolvimento, gestão e expansão de negócios.

"Com a transformação digital, se têm experimentado o on-line como canal complementar à loja física. Na pandemia, quando os negócios precisaram sobreviver de portas fechadas, se investiu no digital e se pôde reavaliar a necessidade de uma cadeia de várias lojas", comenta a CEO do Grupo Bittencourt, Lyana Bittencourt. Segundo ela, mesmo com a reabertura do comércio físico, o digital tende a ser o principal canal de vendas. "O físico servirá como 'apoio', com estrutura mais enxuta e foco na experiência de compra. Quem frequentar as lojas a partir de agora busca experiência e não produto."

Para a Piccadilly, marca de calçados de Igrejinha com um e-commerce, 14 franquias no Brasil e cinco no exterior, além de 26 lojas exclusivas em oito países, a loja física será um apoio para o digital e vice-versa. "Nossa consumidora vê a marca como uma só e escolhe o canal mais apropriado para sua jornada", aponta a gerente de e-commerce da calçadista, Amanda Seimetz. Neste sentido, a empresa definiu uma estratégia de omnicanalidade. "Em que os canais físicos e digitais se conectam na jornada, fazendo com que essa integração traga fluidez para o processo de compra, com a finalidade de que a expectativa da consumidora seja atingida, independente do canal em que estiver se relacionando com a marca."

Propósito

Ainda segundo Lyana Bittencourt, com tudo que aconteceu no mundo, foi necessário que todos os envolvidos no negócio – sejam os executivos ou a própria equipe –, lembrassem os core values (valores fundamentais) das companhias. “As empresas precisaram revisitar seu propósito, e atuar de forma cada vez mais consciente do impacto que geram na comunidade na qual estão inseridas. Isso, por si só, já trouxe um novo olhar para o mundo dos negócios que certamente perdurará.”

Nesse sentido, o consumidor está ainda mais atento à forma de agir das marcas, mais ativista de causas reais e busca sentido no que for consumir, independente da geração e da camada social. “A forma como as marcas se posicionaram durante a crise vai ser fundamental para a manutenção da sua relação com os consumidores no pós Covid-19”, conclui Lyana.

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