Varejo mantém crescimento mensal no fluxo de visitantes em setembro

Foto: Arquivo/GES

O varejo brasileiro manteve o crescimento mensal no fluxo de visitantes em setembro. No comparativo com agosto, houve aumento de 2,3% na movimentação do comércio de lojas e de 17,8% nos shopping centers de todo o país. As lojas situadas dentro de shoppings tiveram o melhor desempenho, com aumento de 5%, enquanto as localizadas em ruas cresceram 0,3%. Os dados são do Índice de Performance do Varejo (IPV), feito em conjunto pela FX Data Intelligence e pela F360º, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

É o quinto aumento consecutivo na comparação mensal do indicador, acompanhando a flexibilização do comércio durante a pandemia de Covid-19. Na análise regional, as lojas de rua do Sul tiveram o maior fluxo, com 34,5%, seguidas pelos estabelecimentos do Sudeste e do Norte, com aumento de 5,2% e 1,7%, respectivamente. Já as regiões Nordeste e Centro-Oeste caíram 1,7% e 22,1%, respectivamente.

Shoppings

Entre os shopping centers, o Sul puxou o crescimento do setor em setembro, com crescimento de 26,3%. Já o Sudeste cresceu 25,1%, e a região Nordeste teve aumento de 5,2%. Os centros de compras do Centro-Oeste e do Norte não tiveram amostragem significativa no levantamento.

Segmentos

Nas categorias, “ótica” apresentou o melhor desempenho no período, com 23,8%. “moda”, “utilidades domésticas”, “calçados” e “drogaria” cresceram, respectivamente, 9,2%, 8%, 5% e 2,1%. Já “eletroeletrônicos” (–1,6%), “home center” (–7,1%), “beleza” (–11,1%) e “departamento” (–14%) registraram queda.

“Os segmentos de Moda, Calçados, Ótica e Utilidades Domésticas apresentaram números positivos durante 4 meses consecutivos, considerando a evolução mensal de 2020. Dados que indicam a retomada do varejo brasileiro, após 3 meses de fluxo de visitas com índices negativos.”, explica Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Fluxo retornando ao normal

Para Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, os dados mostram que, aos poucos, o fluxo de consumidores está retornando aos índices considerados normais. “Percebe-se que a variação de crescimento está menor de um mês para outro, uma situação normal se lembrarmos que o varejo já está num cenário de flexibilização há alguns meses.”