Setor calçadista também mudou forma de trabalho

26.10.2021 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Foto: Adobe Stock
No setor calçadista as áreas administrativas ficaram mais propensas ao modelo remoto
Anecessidade de adotar o home office devido à pandemia gerou - e ainda gera - desafios, dúvidas e dificuldades, principalmente para equipes de Recursos Humanos e líderes de empresas. No entanto, com o retorno das atividades presenciais e o afrouxamento das regras de distanciamento, muito tem se discutido sobre o que mudou na forma de trabalhar e como as experiências dos últimos meses impactarão o futuro do trabalho.

"Uma coisa é certa: não trabalharemos da mesma maneira. Na verdade, nós já não trabalhamos como alguns anos atrás. O mundo mudou e as tendências para o mercado de trabalho, que já experimentava uma transformação significativa, são de ainda mais mudanças, digitalização e inovação", aponta Ruy Shiozawa, CEO do Great Place To Work (GPTW), consultoria global que aplica pesquisas de clima, certifica e reconhece os melhores ambientes de trabalho em 109 países, impactando mais de 12 milhões de funcionários.

Segundo Shiozawa, os pontos mais marcantes deste momento no mercado de trabalho são o interesse em novas formas de trabalhar e a mobilidade.

Em relação aos novos formatos de trabalho no setor calçadista, conforme observa o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, as áreas administrativas ficaram mais propensas ao modelo remoto, híbrido ou até mesmo somente digital. "Por outro lado, na produção, não existe essa possibilidade. Acreditamos que a tendência do trabalho remoto seja outra realidade impulsionada pela pandemia e que deverá ser cada vez mais presente no nosso dia a dia", aponta.

Produtividade

A pandemia afetou profundamente os modelos de trabalho e sobretudo de negócios na indústria calçadista. “O processo de digitalização, que já existia, ganhou impulso pelas restrições aos eventos físicos (feiras). A produtividade em si não foi afetada por isso, aliás, é importante se dizer que hoje temos bons índices. A indústria, de fato, faz a lição de casa, do portão para dentro. O problema são os nossos custos produtivos, que são muito maiores do que nos principais concorrentes, especialmente asiáticos”, analisa Ferreira.

O trabalho remoto e o modelo híbrido não surgiram agora. Segundo a edição de 2020 do ranking “As 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil” do GPTW, 73% das melhores organizações já ofereciam o home office. Contudo, muitas empresas começaram a lidar agora com esses novos formatos.

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.

Seu email foi cadastrado com sucesso.