A série Feed de Mercado dá sequência ao projeto Calçado & Carreira. Capitaneado pelo Jornal Exclusivo e Orisol do Brasil, apresenta cases inspiradores e valoriza os profissionais que fazem a diferença no setor calçadista, tanto no mercado nacional como internacional.
Foto: Michel Pozzebon/GES-Especial
A valorização das pessoas e a seriedade do trabalho são duas das principais bandeiras carregadas por Argenta. O empresário conta sobre o ingresso no setor calçadista e da fundação da Calçados Beira Rio, na década de 1970. "A Beira Rio começou basicamente como todas as fábricas de calçados começam: pouca gente e com dificuldades. Fomos trabalhando de forma séria, valorizando o trabalho, os funcionários, os clientes e os fornecedores", destaca.
O empresário reforça que a busca pela excelência contribuiu para que a Beira Rio atingisse outros patamares - de 18 funcionários e 40 mil pares por ano, em 1975, para 10 mil colaboradores e 116 milhões de pares por ano, em 2019. "Procuramos fazer sempre o melhor com qualidade e persistência. Com obstinação chegamos onde chegamos, não esperávamos chegar até aqui, porém pelo trabalho se conseguiu tudo isso", comenta Argenta, acrescentando que a ascensão da companhia ao longo de quatro décadas se deve basicamente à cultura empresarial humanista, em que os lucros alcançados são reinvestidos na própria empresa. "Procurando melhorar continuamente os equipamentos, prédios, formação das pessoas e sempre servindo aos nossos clientes, com produtos que satisfaçam as exigências dos lojistas e consumidores finais", afirma.
Sobre o desafio de liderar uma empresa do porte da Calçados Beira Rio nos dias de hoje, Argenta sustenta que é uma posição que requer equilíbrio. "É uma responsabilidade muito grande. Há alguns momentos de aflição, mas procuro manter o pulso firme e ser persistente", frisa o empresário. Líder nato, ele reforça que os profissionais em cargos de liderança precisam buscar preparação contínua. "Devem procurar se atualizar continuamente, tanto em conhecimento de mercado quanto em práticas de produção e liderança de pessoas. É preciso se aperfeiçoar para poder enfrentar os novos desafios. É um trabalho constante e persistente para se manter e ter relevância no mercado", aponta.
Em relação ao profissional do futuro na indústria calçadista, o presidente da Beira Rio sustenta que a base está no amplo conhecimento do produto calçado. "Não somente conhecer uma parte e sim o todo. Ele precisa ter uma visão sistêmica do método de trabalho, para poder exercer várias funções, e também entender muito sobre o consumidor final. A equação é desenvolver calçados que reúnam beleza, tecnologia, bem-estar e conforto, com altíssima qualidade e baixo custo", finaliza Argenta.