Indústria calçadista do Brasil volta a criar mais empregos formais

24.08.2020 - Nicolle Frapiccini/Jornal NH

Os primeiros sinais da recuperação do cluster coureiro-calçadista, apontados por empresários de fábricas de calçados, componentes, curtumes e máquinas no início de agosto, se concretizaram no saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, divulgado pelo Ministério da Economia na sexta-feira.

Após quatro meses de saldo negativo consecutivo, as indústrias de calçados brasileiras voltaram a criar mais empregos formais, ou seja, contratar mais que demitir. Afinal, em julho, houve 1.184 admissões a mais em relação ao número de desligamentos no mês nas fábricas de calçado do País.

O saldo do Caged representa o resultado do total de admissões menos os desligamentos no período analisado. Dessa forma, no mês passado, o setor calçadista começou a, de fato, recuperar os primeiros postos de trabalho perdidos em função da pandemia de Covid-19. Ao todo, foram admitidos 5.294 trabalhadores e desligados 4.110 profissionais nas fábricas de calçado do País no sétimo mês deste ano.

Ainda conforme o Ministério da Economia, a estimativa é de que o setor empregue 226,2 mil trabalhadores. Entretanto, em fevereiro deste ano, último mês em que o setor calçadista teve saldo positivo no Caged, a projeção era de que 284,6 mil profissionais atuassem no setor.

O desempenho positivo da indústria de calçados ajudou o Brasil a registrar o melhor resultado para o mês de julho desde 2012. No País, o saldo geral do Caged foi positivo em 131.010 empregos com carteira assinada. Esse também foi o primeiro resultado positivo após quatro meses com quedas. E esse incremento foi puxado pela criação maior de vagas no setor industrial. Houve um saldo positivo de 53.590 contratações na indústria geral em julho.

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