Produção industrial gaúcha volta a crescer

27.07.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Depois de três meses de queda, a produção voltou a subir em junho, aponta a Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta segunda-feira, 27 de julho. Alcançou 55,2 pontos, alta em relação a maio, quando chegou a 45,1, em valores que variam de zero a cem. Foi o melhor resultado para junho na série histórica, mas amparado pela baixa base de comparação do mês anterior. A utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou para 62%, mas em compensação o emprego (45,1 pontos) recuou pela quarta vez consecutiva.

“Com demanda interna fraca, muito em função das medidas impostas pelos decretos que reforçam as restrições ao funcionamento das atividades econômicas, a indústria perde muito na sua produção e, como consequência, vagas no setor são suprimidas”, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Segundo trimestre

Na análise do segundo trimestre de 2020, a principal dificuldade apontada entre abril e junho por 39,7% dos empresários consultados pela Sondagem esteve na demanda interna insuficiente (foi de 40,4% no primeiro trimestre), seguida de 32,5% que indicaram taxa de câmbio, redução de quase oito pontos na comparação com o resultado obtido na pesquisa entre janeiro e março. Já 28,4% viram a elevada carga tributária como maior empecilho, uma forte retração, pois 38,7% registraram esse fator no primeiro trimestre.

As condições financeiras das empresas pouco se alteraram entre abril e junho, na comparação com os primeiros três meses do ano. De acordo com a Sondagem Industrial, o índice de satisfação dos empresários com a margem de lucro operacional subiu pouco no período, de 35 para 35,2 pontos, enquanto o da situação financeira da empresa passou de 40,8 para 42,9 pontos. Muito dessa piora na situação se deve ao cenário de acesso ao crédito mais restrito apontado na pesquisa, cujo índice caiu de 36,1 para 32,4 pontos.

Expectativas

Em compensação, os industriais gaúchos percebem melhora na expectativa para os próximos seis meses. Todos os indicadores relativos a junho evoluíram na pesquisa realizada entre 1º e 13 de julho e voltaram a ficar positivos. Isso significa que os empresários esperam crescimento para a demanda (56 pontos) no próximo semestre, assim como para o emprego (50,7), compras de insumos e matérias-primas (52,8) e exportações (51,3).

Como consequência desse maior otimismo, o aumento na intenção de investir subiu de 37,6 para 44,4 pontos entre junho e julho, mas por continuar abaixo dos 50 e da média histórica de 48,8, ainda indica baixa disposição para investimentos.

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