Exportações de couro têm recuo no primeiro semestre

13.07.2020 - Michel Pozzebon / Jornal Exclusivo

Foto: Arquivo/GES
No período, vendas externas caíram 28,8% em valor e 17,9% em área
As exportações brasileiras de couro seguiram em queda no primeiro semestre. Nos seis primeiros meses do ano foram exportados 77,8 milhões de metros quadrados, que geraram US$ 450,3 milhões. Recuos de 28,8% em valor e de 17,9% em área no comparativo a igual período do ano passado. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgadas pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

Os três principais mercados para o couro brasileiro no primeiro semestre foram: China, com share de 25,4% (antes 24,8%) em valor e 32,1% (antes 31,4%) em área, caindo 18,4% (-19,0%) em área comercializada e também com queda de 23,6% (-24,8%) em valor; Estados Unidos, com share de 17,7% (18,4%) em valor e 9,2% (9,7%) em área, têm queda de 15,3% (-6,6%) em área e 22,2% (-15,5%) em valor e Itália, com share de 15,3% (15,2%) em valor e 19,1% (18,6%) em área, tem queda de 26,4% (-24,1%) em área comercializada, e também de 40,7% (-37,4%) em valor.

"Os três principais destinos mostram quedas, tanto em valor como em área, sobre o primeiro semestre de 2019. Entre os três mercados, somente a China apresentou reação em junho, com pequena melhora em relação aos índices anteriores, porém ainda longe de compensar a falta de pedidos e embarques para os Estados Unidos e Itália", diz a análise do CICB em nota.

Exportações em crescimento

Entre os trinta maiores destinos para o couro brasileiro, continuam em destaque positivo as exportações para a Polônia (+125,9% em valor e +215,7% em área), para a Lituânia (+56,5% em valor e +42,0% em área), para a Turquia (+16,6% em valor e +4,6% em área) e para a Tunísia (+1,2% em valor e +13,3% em área).

Principais estados exportadores

Os dez estados com maiores exportações do País continuam com índices negativos em valores, sendo que somente dois apresentam índices positivos em área comercializada. São eles: Bahia (+1,7%) e Mato Grosso do Sul (+0,7%). Ainda entre os dez maiores, as quedas em valor se agravaram na maioria, e agora as mais expressivas são: Ceará, com -52,1% (antes -48,7%); Pará, com -37,8% (-35,5%), São Paulo, com -34,8% (-29,9%), Santa Catarina, com -31,5% (-25,5%) e Paraná, com -31,4% (-25,1%). O Rio Grande do Sul permanece como líder em embarques ao exterior, com participação de 27,8% (antes 27,1%) em valor e 22,7% (22,1%) em área. São Paulo continua em segundo lugar em valor (share de 14,6%), e quarto em volume (share de 12,2%).

Estágios do couro

Quanto aos estágios de couros, os volumes do crust continuam baixando, apesar de que ainda mantêm patamares positivos, com +4,3% (antes +5,1%). A raspa WB, que era o único estágio ainda com índices positivos, agora mostra queda no período, tanto em valor como em volume. As peles salgadas que continuam apresentando aumentos nos embarques, com +288% em valor sobre junho de 2019, e +660% em volume, acumulando +14,9% e +131% no ano.

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