Com reoneração da folha, setor calçadista pode perder 15 mil postos de trabalho em um ano

09.07.2020 - Redação Jornal Exclusivo

O veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que constava na MP 936, deve custar, a partir de 2021, a perda de 15 mil postos de trabalho no setor calçadista do País. A avaliação é da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que aponta que o fim do mecanismo que permitia a substituição do pagamento de 20% sobre a folha de salários por 1,5% da receita bruta — excluindo exportações —, representa um acréscimo de R$ 572 milhões nos custos das empresas.

“Isso diante do início da recuperação da pior crise da história da indústria calçadista nacional, que já custou mais de 50 mil postos em 2020”, observa o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira. Na avaliação do dirigente, o veto foi um grande equívoco do governo federal. “Ainda trabalhamos para que esse veto seja derrubado no Congresso. A reoneração vai ter um impacto muito pesado não somente para a indústria calçadista, mas para os demais 16 setores econômicos beneficiados pela medida”, salienta.

Saiba mais

O governo federal publicou no Diário Oficial da União do dia 7 de julho a sanção da MP 936, que vem auxiliando o setor industrial a segurar postos de trabalho desde o início da pandemia da Covid-19. O revés foi que o presidente Jair Bolsonaro vetou a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. A prorrogação não sancionada previa vigência até dezembro de 2021. Agora, a medida segue vigente somente até dezembro de 2020.

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