Impulsionada por pequenas e médias empresas, demanda por crédito cresce em maio

08.07.2020 - Redação Jornal Exclusivo

A demanda das empresas por crédito aumentou 12,3% em maio na comparação com abril deste ano, segundo o Indicador da Serasa Experian (São Paulo/SP). O percentual é quase o dobro do registrado em março (6,8%) e indica uma recuperação em relação a abril, quando o índice teve queda de 19,5%. Na análise por porte, as pequenas e médias empresas (PMEs) foram as que demandaram mais crédito, com alta de 12,8%. Trata-se de percentual bem acima das médias (1,8%) e grandes companhias (1,3%).

Entre as regiões, o destaque é a Centro-Oeste, com aumento de 20,6% na demanda das empresas por crédito. Na sequência vem Nordeste, com alta 14,8%, e Sul, onde a procura foi 13,9% maior.

Crédito para reforçar o capital de giro

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, com a reabertura da economia em alguns locais, as empresas estão buscando crédito para reforçar o capital de giro e voltar a expandir gradualmente os seus negócios. “Vimos uma melhora na atividade do comércio em maio e a tendência é que ela continue daqui para frente, mesmo que em ritmo mais lento. As empresas também estão engajadas em renegociar dívidas, o que reflete no índice de busca por crédito. O impulso das PMEs faz sentido, já que o universo das micro e pequenas empresas é muito significativo no Brasil”, afirma o economista.

Indústria, comércio e serviços

A recuperação também foi verificada na análise geral dos segmentos da economia como a indústria, que teve alta de 10,8%; o comércio, com 14,4%, e o setor de serviços, onde o aumento foi de 11%. “A retomada das atividades do comércio é o que influencia esse resultado”, ressalta Rabi.

Avaliação anual

Na comparação anual – maio 2020 x maio 2019 – o indicador mostrou queda de 18,4%, resultado menor que o visto em abril (-23,3%). “Mesmo em queda, o índice mostra um sinal de recuperação, ainda que gradual”, finaliza Rabi. Os setores também apresentaram declínio na relação anual: Serviços (-20,0%), Indústria (-18,2%) e Comércio (-16,6%).

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