Lojas de shopping tiveram queda de faturamento superior a 90% entre abril e maio

23.06.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Depois de quase três meses de comércio fechado, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) realizou uma pesquisa junto a 116 associados a respeito dos principais impactos causados no varejo por conta da pandemia de Covid-19. A queda superior a 90% no faturamento se refere a comparação entre os mesmos meses de 2019, onde o comércio funcionava normalmente.

A pesquisa, realizada entre os dias 1 e 10 de junho, aponta que 50% dos entrevistados afirmam que a recuperação dos prejuízos levará de 12 a 18 meses, seguida por 31% que enxerga essa recuperação em um período maior: até 24 meses. “Foram 83 dias com as portas fechadas em quase todo o País, que resultaram em um prejuízo em torno de R$ 27 bilhões, sendo que 10% dos lojistas não devem mais reabrir as portas. O varejo do Brasil precisa de atenção e medidas que possam ajudar o setor a se recuperar nos próximos meses, sob prejuízo de maior desemprego e crise financeira”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

Ainda de acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados disseram ter optado por fazer acordo de redução de salários ou suspensão de contratos de trabalho temporariamente. Somente 10% afirmaram não ter optado por essa alternativa. Os entrevistas representam 4,5 mil pontos de venda em todo o Brasil.

Vendas on-line ainda enfrentam dificuldades

Para 48% dos entrevistados, a implementação dos e-commerces e plataformas de venda on-line não foram o suficiente para reduzir os prejuízos. Cerca de 29% dos empresários afirmaram não terem adotado novos formatos de venda. Por outro lado, 16% dos entrevistados afirmaram que outras plataformas de vendas contribuíram no momento para equilibrar o faturamento das empresas.

“As vendas on-line sem dúvida vão aumentar a partir de agora, mas lojistas que começaram em plataformas on-line há pouco tempo estão enfrentando uma dificuldade maior até entenderem a dinâmica do trabalho. Por outro lado, as lojas físicas, deverão investir cada vez mais na experiência do consumidor para melhorarem suas vendas”, ressalta Nabil.

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