Indústria italiana de calçados perdeu 1,7 bilhões de euros no trimestre

15.05.2020 - Luana Rodrigues

Foto: Divulgação
Segundo o presidente da Assocalzaturifici, Siro Badon, a quarentena teve um impacto significativo no setor
No primeiro trimestre de 2020, as empresas de calçados na Itália tiveram uma queda média nas vendas de 38,4%, com perdas totais estimadas em 1,7 bilhões de euros. Os dados fazem parte de um estudo do impacto da Covid-19 na indústria de calçados, conduzido pela Confindustria Moda com a participação de 88 membros da Assocalzaturifici.

60% das empresas de calçados da amostra relataram uma queda de 20% a 50% nas vendas no primeiro trimestre de 2020, em comparação ao primeiro trimestre de 2019, enquanto para outros 20% dos pesquisados, suas vendas diminuíram em mais de 50%.

Houve também uma queda acentuada em pedidos: 46% das empresas entrevistadas relataram receber 20% a 50% menos pedidos no primeiro trimestre deste ano, enquanto 37% viram sua carteira de pedidos cortada em mais de 50%. A queda média nos pedidos foi de 46,2%.

Segundo o presidente da Assocalzaturifici, Siro Badon, a quarentena teve um impacto significativo no setor. "Ao contrário da indústria têxtil, não podemos converter nossas linhas de produção e, portanto, registramos uma queda mais acentuada nas vendas e pedidos do que outras empresas da indústria da moda. Precisamos de medidas estruturais ousadas do governo, regulando crédito, tributação e apoio às exportações. Estas são as estratégias exigidas pelas empresas de uma das indústrias mais cruciais da Itália", disse.

NÚMEROS
93% das indústrias de calçados recorreram à previdência social ou pretendem fazê-lo em um futuro próximo.

Mais de 3/4 dos entrevistados afirmaram que 80% de sua força de trabalho recorreram a salários apoio ou outras medidas de previdência social. No conjunto, a porcentagem de funcionários que podem se beneficiar da previdência social é 88,6% do total da força de trabalho das empresas de calçados contatadas na pesquisa. 

A forma de trabalho também mudou: 61% das empresas permitiram aos profissionais trabalhar em casa, representando 11% da força de trabalho total das empresas ouvidas.

A pesquisa observou os maiores problemas que as empresas tiveram que enfrentar durante a quarentena e seus sentimentos sobre o futuro, perguntando aos empresários que medidas eles gostariam de ver do governo para promover a recuperação. As principais dificuldades incluem relacionamento com clientes, escassez de caixa e cancelamento de feiras. Os entrevistados consideraram as prioridades estratégicas para intervenção governamental como políticas destinadas a garantir liquidez, segurança social medidas, política fiscal apropriada e feiras comerciais.

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.

Seu email foi cadastrado com sucesso.