A Under Armour, marca que no Brasil é operada pela Vulcabras Azaleia (Parobé/RS), divulgou nesta segunda-feira, 11 de maio, uma queda de 23% nas vendas durante o primeiro trimestre, uma vez que seus negócios sofreram com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e suas lojas foram forçadas a fechar, congelando seus planos de recuperação. A brand norte-americana de materiais esportivos planeja cortar cerca de US$ 325 milhões em custos operacionais em 2020 para ajudar a enfrentar a crise, inclusive demitindo temporariamente alguns funcionários do varejo.
Durante uma teleconferência com analistas, a empresa informou que espera que a receita caia de 50% a 60% durante o segundo trimestre, já que a demanda por suas mercadorias permanece restrita. A companhia disse que prevê que o segundo trimestre seja o mais desafiador de se trabalhar, e o resto do ano será altamente promocional.
"Desde meados de março, com a pandemia acelerada na América do Norte [...] e o fechamento de lojas de varejo, experimentamos um declínio significativo na receita em todos os mercados", disse o CEO Patrik Frisk em comunicado.
A Under Armour reportou uma perda líquida de US$ 589,7 milhões, ou US$ 1,30 por ação, em comparação com um lucro de US$ 22,5 milhões, ou 5 centavos por ação, um ano antes.
Na América do Norte, que responde por aproximadamente 65% das vendas totais da marca, a receita caiu 28%, para US$ 609 milhões. As vendas internacionais caíram 12%, para US $287 milhões.
Como alguns grandes varejistas, como Macy's e GAP, estão lentamente começando a colocar em funcionamento algumas de suas lojas físicas, a Under Armour informou em comunicado que o cenário ainda é de bastante imprevisibilidade. “O ritmo e o tempo das aberturas de lojas e os padrões de tráfego quando as lojas reabrem permanecem altamente incertos."