Setor coureiro avalia impactos da Covid-19 em sua atividade

30.04.2020 - Gabriela Cardoso/Jornal Exclusivo

Foto: Luana Rodrigues/GES-Especial
Painel Os Novos Rumos do Setor Coureiro-calçadista foi promovido pelo Grupo Sinos
Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atingir o Brasil, o mercado coureiro do Rio Grande do Sul já era afetado pela crise que se instaurava. No País, isso passou a ser sentido um pouco depois. Por sua ligação direta com a indústria alimentícia, a produção de couro até o estágio de wet blue foi considerada serviço essencial, não tendo parado suas operações até agora, explica o presidente-executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello. Pòr outro lado, o dirigente acrescenta que empresas que atuam somente com seções de acabamento, assim como o comércio, tiveram que cessar suas atividades. "A indústria parou de produzir e quem está na ponta de produção também acaba por sentir os impactos", disse Bello, que ao lado de Moacir Berger, presidente-executivo da Associação de Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul) e de Mauro Pedro Becker, diretor do Curtume Mats (Campo Bom/RS), participou nesta quinta-feira, 30 de abril, de um vídeo ao vivo dentro do painel Os Novos Rumos do Setor Coureiro-calçadista, promovido pelos jornais Exclusivo e NH.

O impacto da crise na ponta da produção foi sentido de perto pelo diretor do Curtume Mats. “É um momento que estamos vivendo, de dificuldade extrema, mas acreditamos que vamos estar do outro lado da onda” comenta Becker. O executivo acredita que a normalização nos negócios deva acontecer, no máximo, até o final deste ano.

O presidente-executivo da AICSul enxerga as oportunidades para o setor coureiro a partir do restabelecimento das operações do segmento. O dirigente cita a retomada das atividades comerciais na China em que as marcas mais procuradas pelos consumidores foram as de luxo, que utilizam preponderantemente couro como sua matéria-prima principal. “O couro finalmente se colocou em um estágio de qualidade e de nobreza em que ele deixou de ser utilizado em produtos finais de preço baixo. Nossa faixa de consumidor hoje é aquele que exige um pouco mais da mercadoria que irá comprar”, comenta Berger.

A transmissão do painel, que teve a mediação da editora de negócios do Jornal NH, Nicolle Frapiccini, ocorreu pelos sites do jornais Exclusivo e NH e também pelas redes sociais dos veículos e está disponível para assinantes. Nas próximas semanas, novos temas serão abordados nos vídeos ao vivo da iniciativa Os Novos Rumos do Setor Coureiro-calçadista.

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