Após um mês de desafios para o setor coureiro-calçadista, com unidades fabris de todo o País em férias coletivas e com o varejo totalmente fechado, aos poucos, as restrições do distanciamento social, causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), passaram a ser flexibilizadas.
No Brasil, a indústria retomou as atividades nas últimas semanas, mas com baixa na mão de obra. O comércio começa a abrir novamente as portas, no entanto há redução no número de atendimentos. Já as principais feiras do cluster ainda devem ocorrem, porém, com as suas datas alteradas para a segunda metade do ano.
A 17ª Febratex - Feira Brasileira para a Indústria Têxtil e de Confecção -, considerada uma das principais feiras do setor têxtil no mundo, que, inicialmente estava mantida em agosto, foi transferida para o ano que vem. Com a decisão anunciada em nota pela organização, a mostra que ocorre a cada dois anos, terá a sua próxima edição realizada de 2 a 5 de fevereiro de 2021, no Parque Vila Germânica, em Blumenau/SC.
Para Rodrigo Kehl, presidente da Associação Baiana das Empresas de Representação de Calçados e Afins (Aberc), entidade organizadora da mostra, o momento é de avaliação da situação. "A feira normal, como a gente faz todos os anos, do tamanho que é a Bahiacal, não vai acontecer", declara Kehl.
A associação vem trabalhando com três possíveis cenários: cancelar a realização da feira em julho; realizá-la na data prevista, mas em um formato menor; ou adiar o evento mais para frente.
"Como ela é uma feira patrocinada pelo próprio representante, o que a gente percebe é que a categoria está muito afetada em termos de ganhos financeiros, assim como todo o mercado, mas em especial o representante, que não tem tanto recurso" avalia o dirigente.
Na contramão do que se observa no Brasil, com os adiamentos dos eventos, a Micam Milano, tradicional feira italiana, manteve a realização das próximas edições previstas para 20 a 23 de setembro, em Milão; e a Micam Americas, que deve ocorrer de 17 a 19 de agosto, em Las Vegas.