Varejo físico de calçados projeta retomada gradual a partir de maio

23.04.2020 - Michel Pozzebon / Jornal Exclusivo

Foto: Michel Pozzebon/GES-Especial
Questões relativas ao segmento varejista foram discutidas no Painel Os Novos Rumos no Setor Coureiro-Calçadista, promovido pelos Jornais Exclusivo e NH
Ao longo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Calçados e Artefatos (Ablac) aponta que 97% das lojas do varejo de calçados e artefatos ficaram com as portas fechadas. A retomada gradual deve acontecer a partir de maio, a avaliação é do diretor-executivo da entidade, Wesley Barbosa, que participou do Painel Os Novos Rumos no Setor Coureiro-Calçadista, promovido pelos Jornais Exclusivo e NH.

"As lojas do varejo calçadista ficaram um mês sem faturar. Não vamos recuperar isso e a queda nos negócios neste ano devem girar de 30% a 35%", salienta Barbosa.

Com a possibilidade da abertura gradual das lojas de calçados a partir de maio, o dirigente da Ablac salienta que os meios digitais devem ser ainda mais imprescindíveis para o varejo físico. "Por mais que as lojas comecem a abrir a partir do próximo mês, a gente vai precisar ainda mais do digital para que o varejista possa atender o consumidor dele. O delivery está voltando, o televendas, serviços de motoboy e o uso de aplicativos como o WhatsApp e o Rappi devem contribuir muito neste momento", considera.

Vai ter Dia das Mães

Na avaliação de Barbosa, o Dia das Mães, segunda principal data de vendas do varejo de calçados no Brasil, ficará comprometido, mas não deixará de gerar resultados para o segmento. "Será um Dia das Mães diferente. A gente acredita que o consumidor não vai deixar de presentear a sua mãe", comenta.

Varejo físico não vai desaparecer

A integração entre o varejo físico e o digital foi destacado por Eduardo Smaniotto, diretor da Ablac e diretor comercial da Luz da Lua (Novo Hamburgo/RS), que também participou do Painel Os Novos Rumos no Setor Coureiro-Calçadista. "O varejo físico não vai desaparecer. O que vai acontecer é uma integração ainda maior entre o físico e o digital", frisa. Segundo ele, neste momento diante da pandemia, o varejo vai buscar um reposicionamento do calendário e caberá aos fabricantes calçadistas ofertarem produtos com uma assertividade maior.

Liquidações

A partir do retorno gradual do varejo, Smaniotto sustenta que o varejista necessita ter cautela quando o assunto é liquidação. "Tem que fazer isso com produtos sazonais, como botas, por exemplo, e não com itens clássicos. Liquidações tem que ser feitas de forma técnica sob risco de comprometer ainda mais o negócio neste momento", analisa.

O Painel Os Novos Rumos no Setor Coureiro-Calçadista foi mediado pela jornalista Luana Rodrigues, editora-chefe do Jornal Exclusivo e da Revista Lançamentos.

A cobertura completa do painel você confere na edição impressa, de dia 30 de abril, do Jornal Exclusivo.

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