Em recente artigo, o presidente do conselho da Calçados Bibi (Parobé/RS), Marlin Kohlrausch, defende que "não é hora de demitir, é hora de inovar". Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) aponta que o novo coronavírus (Covid-19) provocou o fechamento de 11 mil postos de trabalho no setor em todo o País.
"Não é hora de demitir! Não é hora de comprometer a cadeia de fornecedores. É hora sim de colocar a inovação em prática, ou seja, de executar novos modelos de forma rápida. Ao mesmo tempo, a falta de resultado de uma organização machuca, porém a falta de caixa mata. Para que tudo isso aconteça é necessário garantir o caixa e, para tanto, praticar o bom senso", escreve Kohlrausch.
Inovação
O executivo defende que o momento é de inovar. "Diante do isolamento social e da velocidade e eficiência exigidas, primeiramente pelas empresas do setor da saúde, governos e setor produtivo de forma geral, acredito que estamos diante do cenário propício para o surgimento de inovações importantes em todos os campos: processos, serviços e produtos."
Foco nas pessoas e nos clientes
Kohlrausch reforça que o foco agora tem que ser nas pessoas e nos clientes. "Que mudanças essa crise provocará no cidadão/consumidor de amanhã? O que podemos fazer para atender suas novas expectativas e/ou necessidades. O que será importante para ele? Haverá, sem dúvida, uma demanda reprimida após o caos instalado. Que demanda será essa?", questiona, acrescentando que a antecipção ao cliente e entrega de valor será sempre o melhor caminho para a retomada. "Seja por meio de novos processos, serviços ou produtos. Por exemplo, não restará mais dúvida sobre o crescimento e a importância de processos digitais e de análise de dados, que resultem em avaliação e implementação rápidas."
Visão de futuro
Por fim, o presidente do conselho da Calçados Bibi salienta que é responsabilidade do líder a visão de futuro. "Não apenas de seu negócio, mas da sua comunidade e do planeta. Não é fácil controlar as emoções, mas minha recomendação é afastar a irracionalidade que tomou conta das últimas semanas e buscar sempre a coerência com o propósito individual e da cada corporação. É no propósito que estará o caminho para as respostas mais difíceis", conclui.