Democrata Calçados demite 1,8 mil funcionários em unidades fabris do Ceará

02.04.2020 -

Foto: Divulgação
Funcionários receberam aviso prévio e terão seus direitos trabalhistas garantidos pela empresa
A partir desta quarta-feira, 1º de abril, 1.800 funcionários das unidades fabris da Democrata Calçados (Franca/SP) em Camocim e Santa Quitéria, no Ceará, foram dispensados de suas atividades. Em Santa Quitéria (CE), a sede da empresa contava com mais de mil funcionários, já em Camocim (CE), a filial empregava cerca de 700 funcionários diretos. Em ambos os municípios a empresa era considerada a maior empregadora do setor privado.

Permanecerão ligados à empresa apenas as gestantes, os sindicalistas e a equipe de Segurança do Trabalho. Os demais funcionários receberam aviso prévio e terão seus direitos trabalhistas garantidos pela empresa. Antes da tomada de decisão, a empresa havia decretado férias coletivas para todos os funcionários até 30 de março.

A decisão, motivada pela crise econômica que vem acometendo o mundo pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi tomada acreditando na retomada breve das atividades. Em entrevista concedida a uma rádio local da cidade de Santa Quitéria, o diretor industrial da Democrata no município, Samuel Pimenta, estimou que, em um cenário otimista, as atividade devem ser retomadas em junho. “A fábrica ficará com as portas fechadas até o mercado se recompor, todo o negócio, todas as indústrias voltarem ao normal, e nós entendermos como será o futuro da nossa empresa” declara Pimenta.

Em nota, o Sindicato dos Sapateiros do Ceará comunicou que passou dias negociando junto à empresa, buscando alternativas para resguardar os direitos dos trabalhadores e também assegurando o vínculo empregatício, tentando evitar um processo de demissão em massa. “Esperamos, passada a pandemia e o período de quarentena, reunir presencialmente com todos os trabalhadores, oportunidade que teremos para trocar mais informações e acompanhar de perto todo o desenrolar dos fatos” diz a nota.

Produção cearense

Antes da crise, o Ceará era considerado o segundo maior polo produtor de calçados do Brasil, responsável por 25% das exportações do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul que representa 46% da produção brasileira. Até o dia 2 de abril, o Ceará contava com 445 casos confirmados e 7 mortes. O governador do Estado estuda decretar situação de calamidade pública.

*Com informações de A Voz de Santa Quitéria

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.

Seu email foi cadastrado com sucesso.