Fabricantes gaúchas anunciam férias coletivas em prevenção ao novo coronavírus

20.03.2020 - Ruan Nascimento e Gabriela Cardoso/Redação Jornal Exclusivo

Por conta do aumento do número de casos do novo coronavírus, o Covid-19, algumas empresas calçadistas do Rio Grande do Sul estão suspendendo as suas operações nas fábricas, decretando férias coletivas a partir desta sexta-feira, 20 de março. Pelo menos quatro fabricantes do Estado já confirmaram ao Jornal Exclusivo a paralisação temporária.

Uma delas é a Piccadilly Company (Igrejinha/RS). A empresa calçadista enviou comunicado na quinta-feira, 19, afirmando que dará licença remunerada a todos os colaboradores de 23 a 25 de março. E que, a partir do dia 26, todo o quadro de funcionários da companhia estará de férias por 30 dias. A previsão de retorno ao trabalho é para 27 de abril. Porém, algumas áreas específicas da empresa continuarão suas atividades, através da modalidade home office. “A marca reforça que esta é uma medida importante para proteger a todos e apoiar a comunidade no combate à disseminação da doença”, diz a Piccadilly em comunicado.

Também residida em Igrejinha/RS, a Usaflex confirmou na sexta-feira, 20, que fará férias coletivas com todos os seus funcionários, de 23 de março a 21 de abril, com a expectativa de retorno ao trabalho em 22 de abril. O corpo corporativo da empresa também fará home office. A fabricante também fará a readequação de seu calendário de lançamento das próximas coleções. “Tais medidas têm o olhar focado nas pessoas e na sustentabilidade econômica do negócio, visando minimizar os impactos desta fase tão difícil”, frisa a companhia.

A Calçados Beira Rio (Novo Hamburgo/RS) anunciou na sexta-feira, 20, que dará férias coletivas para seus colaboradores a partir de segunda-feira, 23. A expectativa é de retorno dos funcionários em 6 de abril em todas as suas unidades, exceto na fábrica de Santa Clara do Sul/RS – esta com previsão de volta às atividades em 2 de abril. A empresa reforça que esta é a decisão tomada no momento e que, conforme a evolução da Covid-19 no Brasil, poderá tomar outras medidas.

Outra empresa que se posicionou quanto as medidas tomadas para preservar a saúde de seus colaboradores foi o Grupo Ramarim. Em comunicado enviado ao Jornal Exclusivo na tarde desta sexta, 20, o grupo informou que, seguindo as recomendações das autoridades, a empresa paralisará as suas atividades a partir do dia 26 de março. “Estas medidas são necessárias e muito importantes para proteger a todos nós e nossa comunidade, evitando a disseminação do Covid-19”, reforça o presidente do grupo, Marco Lourenço Müller, através do comunicado. O retorno está previsto para acontecer no dia 13 de abril, para a unidade de Nova Hartz/RS, e 22 de abril para as demais.

A Calçados Bibi (Parobé/RS), diante do cenário atual e das recomendação de órgãos públicos, irá conceder férias coletivas, de 23 de março a 12 abril, aos colaboradores que atuam na fábrica da marca e na sede administrativa, ambas localizadas na cidade de Parobé/RS. Segundo comunicado enviado ao Jornal Exclusivo, o foco da empresa é cuidar da saúde, com o mínimo de pessoas possíveis trabalhando neste período, sendo que grande parte estará trabalhando remotamente.

Nestes 20 dias, a Calçados Bibi irá monitorar o desenvolvimento deste cenário para tomar outras medidas. Enquanto isso, todas as lojas da rede estão fechadas. As atividades serão efetuadas com foco no e-commerce, que funcionará normalmente com entrega para todo o País. Além disso, a marca desenvolveu uma ação em que 10% de cada compra on-line será enviada para a equipe de uma das lojas, que pode ser escolhida pelo próprio consumidor. Essa é uma das medidas adotadas pela empresa para minimizar os impactos.

Covid-19

No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde confirma 41 casos. Em todo o Brasil, oito pessoas já morreram do novo coronavírus, seis em São Paulo/SP e duas no Rio de Janeiro/RJ, e o total de infectados é de 654, segundo o Ministério da Saúde e secretarias estaduais. Pelo mundo, de acordo com a universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, 245.484 foram infectadas, com mais de 10 mil mortes.

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