Varejo de calçados sofre queda devido ao Covid-19

18.03.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Um levantamento diário da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos de Calçados (Ablac), divulgado nesta quarta-feira, 18, apontou queda nas vendas de calçados no Brasil, impactadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em algumas cidades, as vendas caíram até 70% entre os dias 10 e 17 de março, por conta do medo dos consumidores em frequentar lugares fechados e de grandes aglomerações de pessoas. Em média, a redução foi de 40% em lojas multimarcas, e de 52% em monomarcas.

Os dados da Ablac foram apurados com lojistas de todo o País. Há a previsão de que a crise se acentue nas próximas semanas, causando grandes perdas ao comércio, e pode comprometer o desempenho no primeiro semestre de 2020. Em capitais como Rio de Janeiro/RJ, Goiânia/GO, Florianópolis/SC, Porto Alegre/RS e São Paulo/SP (incluindo a região metropolitana), shoppings centers e lojas estão com portas fechadas devido a determinações dos governos estaduais. Em outras lojas, o funcionamento foi reduzido, e não está descartado o fechamento em breve.

Por conta desta situação, a Ablac tem feito orientações aos seus associados para minimizar os efeitos da doença em funcionários e consumidores, e alertou administradoras de shopping centers e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) sobre as dificuldades enfrentadas no momento e a necessidade da adoção de medidas urgentes. 

Para as indústrias, a entidade varejista solicita a prorrogação das duplicatas vincendas no período de pandemia decretada sem custos financeiras. Entre outros pedidos, estão a prorrogação na entrega de produtos, sem o cancelamento de pedidos, e o não protesto de nenhum título, salvas algumas exceções. Quanto aos shopping centers, a Ablac reivindica a adoção do aluguel percentual e a isenção do Fundo de Promoção e Publicidade (FPP) durante a crise.

O presidente da Ablac, Marcone Tavares, afirma que as medidas são necessárias por conta da redução do faturamento das lojas, que tende a se agravar nos próximos meses. "Podendo, se nada for feito, levar ao fechamento definitivo de muitos pontos de vendas e a milhares de demissões, o que não beneficiaria a ninguém", alerta Tavares.

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