O que esperar da 44ª Fimec?

09.03.2020 - Michel Pozzebon e Ruan Nascimento / Jornal Exclusivo

Foto: Divulgação
Feira será realizada entre os dias 10 e 12 de março, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo/RS
Dólar em alta, economia em aquecimento, redução das alíquotas de ICMS para os fabricantes de calçados em São Paulo e no Rio Grande do Sul. São estes alguns dos ingredientes que devem contribuir para que a 44ª Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes -, que está marcada para o período de 10 a 12 de março, em Novo Hamburgo/RS, tenha resultado acima do esperado. Tanto é que Marcio Jung, diretor-presidente da Fenac, autarquia responsável pela promoção da mostra, projeta que o evento tenha a melhor performance dos últimos anos. "A perspectiva é de que a feira tenha movimentação real de empresários. Não tenho dúvida de que será a melhor feira dos últimos três anos. O número de inscrições antecipadas para a mostra foi recorde", comenta o dirigente.

A Fimec é classificada por Jung como um termômetro para o cenário do setor coureiro-calçadista ao longo do ano. "Uma feira vendedora ou de muitos contatos é sinal de um bom ano para a cadeia. Para a edição deste ano, nós já tivemos um incremento de número de empresas expositoras. Nós teremos em torno de 10% a mais de empreendimentos participando do evento, o que significa mais concorrentes e oportunidades para que o fabricante de couro e calçado possa fazer suas escolhas para melhorar seus produtos e incrementar seus negócios", analisa o diretorpresidente da Fenac.

Para promover a Fimec, a Fenac tem reforçado a sua estratégia de divulgação da feira nos polos calçadistas brasileiros. Estas ações vêm sendo desenvolvidas ao longo do ano.

"Em uma parceria com a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), a Fenac esteve em todos os polos calçadistas, com a palestra 'Análise de Cenários', um projeto que o público setorial já conhece há bastante tempo. Tivemos a oportunidade de dividir isso com eles, e, dessa forma, fazer com que a Fimec esteja mais próxima dos seus clientes, que são os calçadistas, os fornecedores de máquinas e componentes e os curtumeiros", explica a gerente da Fenac, Kitty Schmitt.

Entrevista: Marcio Jung – diretor-presidente da Fenac

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Marcio Jung, diretor-presidente da Fenac
Por que você acredita que esta será a melhor feira dos últimos três anos?

Jung: A gente tem recebido o feedback de quem vai expor. E a aposta deles é muito grande de que o mercado reaja em relação a investimentos em maquinário, em um cenário bastante positivo na economia brasileira e de outros países como Colômbia, Peru e Equador. Esta será uma grande feira. Não tenho dúvida disso. Acredito demais no sucesso desta edição da Fimec.

Qual o impacto da não participação dos chineses na Fimec?

Jung: Neste ano nós vamos sentir a ausência dos chineses. O nível de desistências foi grande e os poucos que ficaram não conseguiram vistos. Por isso, não vamos ter nenhum chinês. Não fomos nós que os excluímos. Eles não têm como vir. Não tem voo, não tem visto, e o próprio governo está segurando eles. Tem reflexos sim, mas as feiras estão acontecendo. No início de fevereiro estive na Colômbia (IFLS EICI) e os negócios estavam normais. Os chineses não estavam, porque eles também não conseguiram ir. O que é importante salientar: a feira acontece de qualquer forma e nós estamos atentos a todos os protocolos de saúde.

E o espaço expositivo em que estariam os expositores chineses, o que foi feito?

Jung: Estas áreas da feira passaram por uma readequação. Não podemos simplesmente colocar outros expositores no lugar. Até porque temos uma questão de contratos a cumprir. Por outro lado, existiu um grande interesse de empresas para ocupar estas posições na feira, até por conta do dólar alto, o que acaba aquecendo a exportação para países como Colômbia, Equador, Peru e México.

Qual a perspectiva para a visitação profissional da Fimec?

Jung: Temos a expectativa de 25 mil visitantes e o histórico de receber 30 países, principalmente da América Latina, que é o nosso maior parceiro. Vem muita gente da Colômbia, Guatemala, Peru e Equador. São estes os países com maior potencial comprador hoje nas nossas feiras.

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