Brasil já exportou US$ 886 milhões em 2019

De janeiro a novembro deste ano, o Brasil exportou 104,2 milhões de pares de calçados, ao preço de US$ 886,3 milhões. As altas são de 3,8% em volume e de 0,9% em receita, em comparação com o ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Nos 11 meses, o principal destino das exportações foram os Estados Unidos, que compraram 10,86 milhões de pares ao preço de US$ 181,66 milhões, aumentos de 26,5% em pares e de 28,2% em receita gerada na mesma comparação com 2018. O segundo País que mais comprou do calçado brasileiro foi a Argentina, sendo um total de 9,32 milhões de pares, ao preço de US$ 98,32 milhões. Para os vizinhos, as exportações tiveram quedas em volume (-18,3) e receita (-27%). Já a França está em terceiro nas exportações. Houve altas em quantidade de pares (9,8%) e em receita (4,1%), sendo 7 milhões de pares embarcados, pelo valor de US$ 52,47 milhões.

Analisando estes números, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressaltou que a influência dos resultados está na guerra comercial entre Estados Unidos e China, que resultou no desaquecimento da economia nacional, além da crise econômica na Argentina. Segundo ele, a previsão inicial era de um aumento maior nas exportações, em comparação a 2018, especialmente porque a base no ano passado é muito fraca. "Mesmo assim, em função das instabilidades na economia mundial, isso acabou não acontecendo", comenta.

RS na liderança

Entre os Estados, o Rio Grande do Sul continua na frente no ranking de exportações de calçados. Entre janeiro e novembro, o Estado embarcou 27,9 milhões de pares, gerando US$ 407 milhões, aumentos de 12,5% e 4,5% respectivamente. Em segundo lugar, aparece o Ceará, que exportou 34,57 milhões de pares, por US$ 210,13 milhões, havendo quedas em volume (-3%) e receita (-2,5%). A terceira posição é de São Paulo, em que a indústria paulista destinou 7,17 milhões de pares, ao preço de US$ 96,24 milhões, gerando aumento em pares (10%) e diminuição em valores (-0,3%). Todos os dados comparativos dos estados são com relação aos meses de janeiro a novembro de 2018.