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No próximo mês, o mercado peruano terá acesso aos calçados brasileiros por meio de uma missão comercial. Um total de 28 marcas nacionais estará em Lima, capital do Peru, entre 11 e 13 de novembro. Será uma ação completa envolvendo tanto os compradores locais quanto as empresas participantes.
A participação do Brasil no País vizinho se dá através do projeto Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Será a primeira vez que esta ação é realizada em solo peruano, um dos novos mercados deste projeto. Anteriormente, a missão comercial já havia acontecido na Colômbia, Rússia e China.
"O Peru foi escolhido para ser um mercado-alvo para este biênio (2019-2020). Primeiramente fizemos um estudo do mercado, e seguimos para uma missão protetiva, e agora promovemos a missão comercial com as empresas", explica a coordenadora de promoção comercial e de relacionamento da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli. Ela completa que, para apresentar o mercado local às empresas do Brasil, foi realizado um estudo estratégico entregue às empresas associadas, já em fase de divulgação da missão comercial. Além do Peru, para os próximos dois anos, o Brazilian Footwear também está com um plano de ações nos Estados Unidos, Reino Unido, França e China. "Todo e qualquer esforço que a gente faça, que possa gerar visibilidade para o calçado brasileiro e para as marcas brasileiras no exterior, é um prazer, é um orgulho, e é o nosso objetivo maior", destaca a coordenadora.
*Colaborou Carolina Zeni
No primeiro dia do encontro no Peru, em 11/11, será feito um seminário preparatório com os fabricantes, abordando a macroeconomia e o setor calçadista local, além de apresentar o público comprador. Também ocorrerá algumas visitas técnicas. "Sempre que estamos começando em um novo mercado, nós propomos esta visita ao mercado local para se entender quem são os players. Quais são as lojas, e como que elas apresentam os produtos, destacando qual o preço que estão vendendo ao consumidor", comenta Letícia.
Nos demais dias, serão feitas as rodadas de negócios. As empresas brasileiras preencherão um formulário sobre a sua oferta e que tipo de perfil de comprador que desejam encontrar. A partir do cruzamento de dados, são marcadas as reuniões de negócios.
Uma das marcas Made in Brazil presentes na missão comercial é a Kildare (Novo Hamburgo/RS). A atuação da fabricante de calçados masculinos no Peru se dá pela presença em redes de lojas locais. Segundo o international business manager da companhia, Felipe Rahal, a empresa leva ao solo peruano os lançamentos que reafirmam o propósito da etiqueta. "Acredito que, como marca e fábrica, estamos prontos para atender os clientes. Sendo assim, as expectativas são as melhores possíveis. Tanto na busca de novos parceiros quanto na manutenção e atendimento dos clientes atuais", frisa.
Para a Bebecê (Três Coroas/RS), o Peru é um de seus principais mercados. Em novembro, a empresa levará seus produtos de inverno para os lojistas locais, e atualmente passa por um processo de reinvenção, inovando para atender às necessidades e expectativas de seus clientes. "Sabemos que o Peru é um mercado com grande potencial e hoje está entre os principais destinos das exportações brasileiras de calçados. Sendo assim, queremos aumentar nosso market share e desenvolver nossa marca no país", comenta a coordenadora de exportação, Kátia Thums.
Quanto à participação das marcas de São João Batista/SC no mercado peruano, o objetivo, de acordo com o diretor das marcas Suzana Santos e Renata Mello, Almir dos Santos, é fomentar mais a exportação dentro das fabricantes. "Para buscar equilíbrio comercial e aproveitar este dólar em alta, esperamos nesta participação estar cada vez mais focados a exportar. E para isso, precisamos estar presentes em todos os países", frisa Santos.
A Klin (Birigui/SP) é uma das marcas infantis presentes neste evento. A expectativa é de obter um incremento nas vendas com os clientes peruanos. O País conta com um dos mais importantes mercados para a fabricante na América Latina. "Com essa participação, esperamos que nosso 2020 seja de 20% a 25% maior que este ano", prevê o gerente da América Latina da Klin, Tiago Sousa. Por ser uma marca globalizada, a empresa respeita e atende cada nação de acordo com suas particularidades. "Nossos calçados são pautados na inovação e nossos lançamentos são com base na tecnologia de novos produtos que entreguem o caminhar saudável ao segmento infantil", completa a gerente geral de exportação, Camila Chamoun.
