Região é reconhecida por seu grande valor no setor calçadista

19.08.2019 - Michel Pozzebon e Ruan Nascimento / Redação Jornal Exclusivo

Foi na região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, que começou a produção de calçados no Brasil, ainda no século XIX. Ao longo destes anos, a indústria por estas cidades se fortaleceu e hoje, esta localidade, somada ao Vale do Paranhana, tem um dos maiores polos do setor coureiro-calçadista do País.

Calçados

A maior concentração de empresas fabricantes de calçados no Estado está nestas regiões. Dados de 2017 da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) mostram que, naquele ano, os Vales tinham um total de 1.704 empresas do setor. Ambas as regiões, em 2018, contaram com 59,3 mil empregos, e produziram 124,5 milhões de pares. O presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, frisa que o setor tem algumas dificuldades, mas que mantém uma certa estabilidade. “O que mostra um setor bem estruturado, com empresas fortes, sólidas e, acima de tudo, resilientes diante dos obstáculos.

Couros

Cerca de 60% da produção gaúcha de couros vem das regiões. O RS industrializa a média de 9 milhões de peles por ano, em cerca de 90 empresas que empregam mais de seis mil pessoas, segundo a Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul). O presidente-executivo da entidade, Moacir Berger, revela que a maior participação dos Vales vem da expertise do Estado no acabamento final do couro.

Máquinas e equipamentos

É no Vale do Sinos que está concentrada a maioria dos fabricantes de máquinas para o couro e o calçado. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq), a região concentra 90% das empresas deste segmento. Marlos Schmidt, presidente da Abrameq, comenta que os Vales do Sinos do Paranhana contribuem para a evolução do setor. “Essas regiões têm papel importante como estimuladoras para o destaque no desempenho tecnológico das máquinas brasileiras em nível mundial”, salienta Schmidt.

Componentes

Grande parte do mercado de componentes para calçados está nos Vales. Em todo o Brasil, são mais de 21 mil empregos, em 2.667 empresas, segundo dados de 2018 da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). A superintendente da entidade, Ilse Guimarães, revela que o momento é de readequação a uma nova realidade. “As quantidades de mercado interno foram reduzidas e uma busca de mercados internacionais, recuperando países como Estados Unidos e também a União Europeia, agora com possibilidades de maior abertura pelo acordo comercial”, comenta.

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