Produtividade na indústria cresce 0,8% em 2018

09.09.2019 - Da Redação

A produtividade no trabalho da indústria brasileira aumentou 0,8% em 2018 na comparação com 2017. O ritmo é menor do que os crescimentos de 4,4% registrados em 2017 e de 1,8% em 2016 em relação aos anos anteriores. Mesmo assim, o resultado do Brasil em 2018 foi superior ao alcançado por outros importantes competidores do país no mercado externo, como Japão, Itália, Reino Unido, Alemanha, México e Argentina. Mas está abaixo do alcançado por Coreia do Sul, França, Países Baixos e Estados Unidos. As informações são do estudo Produtividade na Indústria, divulgado no último dia 5, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O melhor desempenho foi da Coreia do Sul, onde a produtividade cresceu 3,4% em 2018 frente a 2017. Em seguida, aparece a França, com aumento de 2,3%, e os Países Baixos, com alta de 1,3%. Nos Estados Unidos, a produtividade cresceu 1,2%. O Japão e a Itália tiveram desempenhos semelhantes ao do Brasil. No Reino Unido, na Alemanha, no México e na Argentina a produtividade caiu. A maior queda, de 3,6%, foi registrada na Argentina.

Expectativas

A produtividade, medida pela CNI, é resultado do volume de bens produzidos em relação às horas trabalhadas na produção da indústria de transformação. "A produtividade da indústria brasileira aumentou mais durante a crise, período em que as empresas ampliaram os investimentos em melhoria da gestão, na busca por maior eficiência", afirma a economista da CNI Samantha Cunha.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Desempenho na década

Nos últimos dez anos, de 2008 a 2018, a produtividade na indústria brasileira cresceu 11,6%, o sexto melhor resultado entre os 10 parceiros comerciais avaliados. Na década, a França, com ganhos de 26,8%, teve o maior avanço na produtividade. "O valor é duas vezes superior ao do Brasil", observa a CNI. "O ganho de produtividade nos países que estão atrás da França e à frente do Brasil - Itália, Alemanha, Países Baixos e Coreia do Sul, variou entre 15,2% e 17,4%", diz o estudo. Na Argentina, a produtividade aumentou 3,7% nos últimos dez anos. No Japão, a produtividade caiu 3,8% e, no México, 0,2%. "Com isso, a produtividade do trabalho efetiva, que compara o desempenho do Brasil com a média de seus parceiros, cresceu 3% nos últimos dez anos", informa a CNI.

No trimestre

O estudo também traz informações sobre o desempenho trimestral da produtividade na indústria brasileira. O indicador aumentou 0,8% no segundo trimestre do ano frente ao primeiro trimestre, resultado do aumento de 0,6% no volume produzido e da queda de 0,3% nas horas trabalhadas na produção. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a produtividade aumentou 2%. Neste período, o volume produzido aumentou 1,8% e as horas trabalhadas na produção recuaram 0,2%.

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