Gate 3D posiciona setor na manufatura aditiva

11.11.2021 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Dois anos após validar a estrutura tecnológica de seu parque fabril, a Gate 3D, empresa do grupo Top Shoes Brasil (Campo Bom/RS) em parceria com o grupo Sazi (Farroupilha/RS), chega ao mercado com expertise em impressão 3D para o setor calçadista. Inicialmente com foco no mercado interno, a empresa, que nasceu a partir de um olhar de que a manufatura aditiva – possibilita produzir peças complexas otimizando recursos – é o futuro da indústria, oferece soluções na criação e no desenvolvimento de peças impressas em 3D, para projetos inovadores em tempo recorde.

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Entrevista: Gustavo Dal Pizzol, CEO do Top Shoes Brasil Group

Foto: Divulgação
Gustavo Dal Pizzol
Jornal Exclusivo: O que te levou a pensar na criação da Gate 3D? O que foi determinante para você tirar a ideia da empresa do papel?

Gustavo Dal Pizzol: Esse é um sonho que venho há tempo projetando e arquitetando para viabilizar. A Gate 3D parte de um olhar de futuro, entendendo que a manufatura aditiva é o futuro da industria pelos seus diferenciais construtivos.

Meu sonho sempre foi ter uma empresa cuja a ação entre pensar o produto e executar fosse o mais rápido possível. E, sem dúvida, encontrei na industria 3D o modelo ideal para o que pretendo.

O que foi determinante para esse grande projeto acontecer foi, sem dúvida, encontrar parceiros ideais nos principais pilares desse negócio.

O que estamos construindo necessita mais do que recurso financeiro, necessita mentes brilhantes.

Jornal Exclusivo: De que forma a Gate 3D pode contribuir com o desenvolvimento do setor calçadista, ajudando-o a ser mais competitivo?

Gustavo Dal Pizzol: Na maioria das vezes entende-se competitividade como conceito de ser mais econômico. Entendo que ser mais competitivo é ser único. Evoluir a partir de tecnologias 3D nos fará competitivos dentro e fora do País. Uma vez que o mercado do calçado brasileiro não consegue ser mais competitivo internacionalmente pelo aumento dos custos de produção, precisamos nos tornar agora atrativos tecnologicamente.

Jornal Exclusivo: Como a tecnologia 3D da Gate se diferencia das demais tecnologias (3D) que atualmente estão no mercado?

Gustavo Dal Pizzol: Nos diferenciamos pelo modelo de negócio, que busca atender uma demanda de grande escala de produção e não somente o desenvolvimento de protótipos.

Somos uma empresa aberta ao desenvolvimento de novos projetos. Queremos muito ajudar nossos clientes e trazer inovação em todas as áreas.

Nosso trabalho vai desde pensarmos juntos os projetos de maneira colaborativa, passando pela entrega de produção dentro do nosso parque fabril até chegarmos ao fornecimento da tecnologia através da venda de impressoras para verticalizar nossos clientes.

Jornal Exclusivo: Sabemos que as possibilidades da tecnologia 3D são infinitas, mas, quais as principais aplicações da tecnologia 3D da Gate no setor calçadista? Vocês terão algum trabalho ou foco especial no solado?

Gustavo Dal Pizzol: A principal aplicação, sem dúvida, está na parte do solado, em que as possibilidades são realmente impressionantes. As novas estruturas que o a tecnologia 3D possibilita trazem um novo olhar com multitensões e multidensidades em pontos específicos do componente.

Entendo que essa é uma nova era para o calçado, uma vez que não existe mais a necessidade de investir em moldes a criatividade se torna ilimitada e sem custo. É uma nova era de evolução exponencial no quesito visual e tecnológico dos calçados.

E claro, que saltos, palmilhas, cabedais e peças técnicas também fazem parte dessa evolução, uma vez que podemos desenvolver qualquer coisa a partir da criatividade de cada um.

Jornal Exclusivo: O segmento de calçados esportivos conta com grandes players. A tecnologia da Gate 3D estará acessível a pequenos fabricantes de calçados deste segmento em relação a custo e volume de produção?

Gustavo Dal Pizzol: Sem dúvida, no momento que o custo dos modelos não impactam mais na composição do preço do calçado, pequeno e grandes players têm a mesma capacidade de competir no mercado.

Agora, com as novas tecnologias a vantagem não está no poder de escala e sim em quem gera maior valor para a sua marca.

Jornal Exclusivo: Como você diz: "queremos mudar o jogo na criação de produtos únicos". Como vocês pretendem "mudar este jogo" no setor calçadista?

Gustavo Dal Pizzol: Estamos entrando em um momento de mercado em que a tecnologia não é mais o fator limitante para inovar e sim a criatividade, ou a falta de criatividade é o que pode nos limitar. Estamos enxergando uma tecnologia que pode fazer de tudo e o que possivelmente vamos enfrentar são pessoas que não sabem o que fazer com ela. Por isso, estamos investindo em pessoas também além da tecnologia.

Jornal Exclusivo: Pode nos explicar um pouco mais sobre as tecnologias FDM e SLA? A Gate 3D terá mais alguma tecnologia em seu portfólio?

Gustavo Dal Pizzol: Estamos trabalhando nestas duas tecnologias de impressão: FDM (técnica de impressão por deposição fundida de material) e SLA (técnica de impressão de resina por cura UV).

Existem particularidades em cada uma delas, em que cada projeto é direcionado para a que fizer mais sentido, pois são técnicas bastante diferentes e com entregas também super distintas.

Estamos avançando muito em tecnologia, tanto de equipamentos quanto em filamentos e resinas para explorar o máximo de cada tecnologia antes de investirmos em outras frentes além destas.

Jornal Exclusivo: A Gate 3D já está em operação? Quais as perspectivas a partir de agora para a empresa?

Gustavo Dal Pizzol: Sim, já estamos na verdade em operação há dois anos, validando toda a tecnologia dos equipamentos e materiais a serem ofertados ao mercado.

Oficialmente estamos entrando no mercado agora, muito mais seguros dos resultados e da capacidade do que iremos oferecer daqui para frente.

Estamos finalizando uma nova planta fabril em Campo Bom/RS, justamente para termos espaço de expansão para os próximos anos.

E, sem dúvida, será o negócio com maior tendência de crescimento dentro do nosso portfólio de empresas para os próximos anos.

Jornal Exclusivo: Inicialmente o foco da Gate 3D está no mercado interno? Pretendem ampliar a atuação para outros mercados?

Gustavo Dal Pizzol: Exato, queremos nos fortalecer inicialmente no mercado interno, fortalecer nossa indústria local antes de partir para outros países.

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