Brasileiros fazem negócios na maior feira mundial de materiais para a indústria calçadista

12.04.2022 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Foto: Divulgação
Empresas nacionais participaram da APLF, que retomou sua edição presencial em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Trinta e sete empresas brasileiras, sendo 31 do setor coureiro e outras seis de componentes para calçados, encaminharam negócios na mais recente edição da APLF, considerada a maior feira de materiais, químicos, máquinas e equipamentos para a indústria calçadista no mundo. Após um hiato de três anos em função da pandemia, o evento, que contou com 400 expositores oriundos de 29 países, retomou seu formato presencial entre os dias 30 de março e 1º de abril, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos - localização sem restrições de quarentena e que recebeu pela primeira vez a mostra, que por décadas fora promovida em Hong Kong.

No total, entre negócios realizados in loco e alinhavados para os próximos meses, foram gerados US$ 8,7 milhões para as seis empresas brasileiras de componentes que participaram da APLF. "Percebemos um movimento de compradores internacionais que buscaram substituir suas importações de componentes da China, pelo aumento dos custos com fretes e questões comerciais", observa o gestor de Mercado Internacional da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Luiz Ribas Júnior.

Na avaliação de Rogério Cunha, da área de inteligência comercial do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), a APLF deve balizar o mercado de couro para os próximos meses. "Trata-se de um reinício, no maior evento mundial do setor. As feiras presenciais voltaram com força, e tivemos uma avaliação muito interessante do ano na APLF."

A participação brasileira na APLF foi viabilizada pelos projetos setoriais da Assintecal e do CICB em parceria com a ApexBrasil.

Novas oportunidades

Márcia Helena Schneck, diretora do Curtume A. Bühler (Ivoti/RS), aponta que a APLF oportunizou à empresa conhecer novos importadores fora do eixo China – Hong Kong. “Houve contatos de lugares que não têm tanta tradição no comércio internacional de couro, como Egito e os Emirados Árabes. A APLF em Dubai foi uma experiência válida, especialmente em um período tão atípico”, observa Márcia.

Émerson Fuga, diretor do Curtume Luiz Fuga (São Leopoldo/RS), classifica a APLF em Dubai como uma iniciativa disruptiva. “A feira teve uma visitação interessante, mesmo com a mpossibilidade da vinda de clientes chineses. Esta edição fora de Hong Kong dá continuidade ao movimento de mudanças e quebra de paradigmas que temos acompanhado desde o início da pandemia”, ressalta o executivo.

 

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