Para retorno de feiras, calçadistas pedem lotação máxima de 40% do PPCI

24.09.2020 - Nicolle Frapiccini/Jornal NH

Foto: Divulgação
Horas após o governo gaúcho terminar de publicar as regras e protocolos referentes à retomada, com restrições, dos eventos corporativos no Rio Grande do Sul, lideranças do setor calçadista gaúcho estiveram em Porto Alegre para um encontro sobre o assunto. Dois pontos presentes nos documentos foram contestados junto ao secretário de Articulação e Apoio aos Municípios do Estado, Agostinho Meirelles, no final da manhã de quarta-feira, dia 23. E em um ofício entregue à noite, sugestões feitas na reunião foram formalizadas para que a Zero Grau, marcada para novembro em Gramado/RS, possa ocorrer.

O primeiro e, mais preocupante para a realização da feira, é o teto de ocupação de 300 pessoas ao mesmo tempo. O segundo, a permissão desse tipo de eventos apenas em municípios que estejam há pelo menos duas semanas em bandeiras amarela ou laranja. Por isso, as lideranças sugerem que o percentual de 40% da lotação máxima autorizada pelo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) do local do evento seja utilizado para delimitar o teto de ocupação.

"Esse ponto é importante porque se a feira tem 300 expositores, ela já está impossibilitada de ocorrer. Ainda mais que as feiras de calçado são entre fabricantes e lojistas", pontua o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.

O deputado estadual Dalciso Oliveira explica que o encontro teve o objetivo de buscar um ponto de equilíbrio para que eventos como feiras profissionais de prospecção e de concretização de negócios possam ser realizadas. "Elas são importantes para que tenhamos uma recuperação de fato no setor calçadista."

Reunião esclarecedora
Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria de Calçados Componentes para Calçados de Três Coroas (SICTC), Joel Brando Klippel, a reunião foi esclarecedora. Além de Klippel, Ferreira e de Oliveira, a comitiva contou ainda com executivo do SICTC, Juliano Mapelli; presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado, Renato Klein; vice-presidente Regional Ciergs/Fiergs, Tibúrcio Grings; diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch.

"Tenho certeza que foi um equívoco"
Os mesmos pontos criticados pelos calçadistas são os que, na visão do diretor-presidente da Fenac, Márcio Jung, inviabilizam o retorno das feiras profissionais. "Tenho certeza que a colocação de 300 pessoas como teto de ocupação foi um equívoco. Esse limite só pode ter sido feito para eventos dentro de hotéis e não para os grandes centros de eventos do Estado que são lugares gigantescos para públicos maiores. Esse é um equívoco que deve ser revisto", afirma, ao citar que não se pode associar a realização de uma feira à cor das bandeiras do distanciamento controlado. "Esses eventos são feitos com planejamento e reservas que não podem ser canceladas três dias antes."

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