Exportações brasileiras de calçados para os EUA crescem quase 90% em volume

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Entre janeiro e maio, os calçadistas brasileiros embarcaram 10 milhões de pares para os Estados Unidos, que geraram US$ 146,3 milhões, altas tanto em volume (+87,2%) quanto em receita (+108,6%) em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

“As exportações de calçados para os Estados Unidos, em volume, já estão quase 80% superiores às realizadas no mesmo período de 2019, na pré-pandemia", observa o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.

Segundo o dirigente, o incremento na comercialização para os Estados Unidos segue sendo determinante para a performance positiva das exportações do setor no acumulado de janeiro a maio. Nos cinco primeiros meses do ano, os embarques somam 64,24 milhões de pares, gerando US$ 538,72 milhões, elevações de 30,3% em volume e de 66,5% em receita na relação com igual período do ano passado.

América do Sul

As exportações para a América do Sul, que estão 30% acima dos níveis pré-pandêmicos, também influenciaram positivamente no resultado. “Existem fatores macroeconômicos e até políticos que vêm influenciando nos resultados. No fator político, destaque para a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que acabou por sobretaxar calçados chineses importados por compradores estadunidenses. No macroeconômico, destaque para o encarecimento dos fretes da Ásia, que tem feito com que compradores busquem fornecedores geograficamente mais próximos. Neste caso, como somos a maior indústria fora da Ásia, aparecemos como um player relevante”, pontua Ferreira.

Demais mercados internacionais

Depois dos Estados Unidos, a Argentina aparece como o segundo principal mercado internacional para o calçado brasileiro. Nos cinco primeiros meses do ano, os argentinos compraram 6,82 milhões de pares, gerando US$ 74,62 milhões, incrementos de 64% e 93,7%, respectivamente, ante igual intervalo de 2021.

No terceiro posto aparece a França, que no período importou 4 milhões de pares por US$ 29,4 milhões, altas de 31% em volume e de 25,2% em receita em relação aos mesmos cinco meses do ano passado.