Exportações de calçados seguem em recuperação

10.06.2021 -

Mesmo diante de uma base comparativa fraca, o setor calçadista está comemorando a recuperação gradual das suas exportações. Entre janeiro e maio, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 49,3 milhões de pares, que geraram US$ 323,57 milhões, altas de 24,7% em volume e de 9,8% em receita no comparativo com igual período do ano passado.

Somente em maio, foram embarcados 8,77 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 65,2 milhões, expressivos incrementos de 223% em volume e de 172,8% em receita no comparativo com maio de 2020. Além disso, foi a terceira alta consecutiva, mesmo em relação aos respectivos meses de 2019.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os embarques seguem em recuperação e que o setor deve fechar 2021 com exportações 13% superiores a 2020. “Nos próximos meses, a base de comparação não será tão fraca como a dos primeiros cinco meses, por isso cresceremos menos”, destaca o dirigente. Segundo ele, diante do avanço da vacinação contra Covid-19 e a normalização do comércio mundial, a expectativa é de recuperação de parte do estrago de 2020, quando os embarques caíram 18,6%. “Mesmo com essa recuperação, não recuperaremos as perdas do ano passado”, acrescenta.

Destinos
Nos primeiros cinco meses de 2021, o principal destino do calçado brasileiro foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 5,38 milhões de pares por US$ 70,1 milhões, altas de 41,2% em volume e de 21,6% em receita no comparativo com igual ínterim de 2020.

O segundo destino do período foi a Argentina, para onde foram embarcados 4,15 milhões, que geraram US$ 38,48 milhões, incrementos de 44% e 30,6%, respectivamente, ante mesmo intervalo do ano passado.

O terceiro destino dos cinco primeiros meses do ano foi a França. No período, os franceses importaram 3,1 milhões de pares, pelos quais pagaram US$ 23,46 milhões, altas de 16,7% e 20,5%, respectivamente, diante do mesmo período de 2021.

Origens
O Rio Grande do Sul seguiu sendo o principal exportador do setor calçadista no Brasil. Nos primeiros cinco meses, os calçadistas gaúchos embarcaram 11,82 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 136,75 milhões, altas de 27,8% em volume e de 8,3% em receita em relação a 2020.

O segundo exportador de 2021 é o Ceará, de onde partiram 15,7 milhões de pares, que geraram US$ 82 milhões, incrementos de 14,5% e 5,4%, respectivamente, ante os cinco primeiros meses de 2020.

São Paulo apareceu no terceiro posto entre os exportadores. Nos cinco meses de 2021, os calçadistas paulistas embarcaram 3,45 milhões de pares por US$ 36 milhões, altas de 25,1% e 18,2% ante o período correspondente de 2020.


Importações asiáticas crescem mais de 70%

Respondendo por 83% do total importado em calçados no período, as importações de calçados do Vietnã, Indonésia e China aumentaram mais de 70% em maio. No geral, o mês cinco registrou a entrada de 1,88 milhão de pares, pelos quais foram pagos US$ 28 milhões, altas tanto em volume (+58,1%) quanto em receita (+86%) ante o mês correspondente de 2020. Somente do Vietnã, principal origem, foram importados 775 mil pares, pelos quais foram pagos US$ 15,5 milhões, altas tanto em volume (+51,7%) quanto em receita (+79%) ante maio do ano passado. A Indonésia foi a segunda origem de maio, tendo embarcado para o Brasil 249 mil pares por US$ 4,97 milhões, incrementos tanto em pares (+50,8%) quanto em dólares (+91%) ante maio de 2020. A terceira origem do mês foi a China, de onde foram importados 551 mil pares por US$ 2,74 milhões, altas em volume (+33,1%) e receita (+45%) ante o mês cinco do ano passado.

Já no acumulado dos cinco meses, as importações somaram 10,8 milhões de pares por US$ 136 milhões, quedas de 7,1% e de 1,7% ante o mesmo período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (3,88 milhões de pares e US$ 76,42 milhões, quedas de 17,2% e 3% ante 2020), Indonésia (1,27 milhão de pares e US$ 22,85 milhões, quedas de 9% e 0,8%) e China (4,66 milhões e US$ 16,86 milhões, incremento de 1,8% e queda de 6,8%).

Em partes - cabedais, palmilhas, solas, saltos etc - as importações dos cinco meses somaram US$ 10 milhões, 7,2% mais do que no ano passado. As principais origens foram Paraguai, China e Vietnã.

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