Setor empresarial defende agenda de acordos entre Brasil e EUA

03.12.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressalta a importância de se avançar na discussão de um acordo de livre comércio e de um tratado para evitar a dupla tributação entre os países
Representantes dos setores empresariais brasileiro e americano defenderam no dia 2 de dezembro que Brasil e Estados Unidos avancem numa agenda de acordos que permita o livre comércio entre suas economias. Durante reunião plenária virtual do Conselho Brasil-Estados Unidos (CEBEU), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, destacou os avanços na relação bilateral ao longo de 2020. Entre eles está a assinatura, em outubro, dos acordos de facilitação de comércio e de boas práticas regulatórias.

Andrade afirma que, internamente, o Brasil precisa avançar na agenda redução do Custo Brasil, sobretudo com a aprovação das reformas tributária e administrativa. Na relação bilateral, é necessário ações que visem o livre comércio entre Brasil e Estados Unidos.

“Os avanços alcançados até aqui são substanciais e merecem nosso reconhecimento. Entretanto, a CNI defende uma agenda ambiciosa com os Estados Unidos em razão da grande importância do fluxo de comércio e investimento para as economias dos dois países”, disse.

“Nossa prosperidade depende de um compromisso mútuo para avançar em ações relevantes. Precisamos buscar um acordo bilateral de livre comércio e um tratado que evite a dupla tributação”, ressalta o presidente da CNI.

Possibilidade de triplicar o volume de negócios

O vice-presidente executivo e chefe de assuntos internacionais da U.S. Chamber, Myron Brilliant, disse esperar que os acordos assinados entre Brasil e Estados Unidos este ano sirvam de base para um conjunto maior de compromissos entre os dois países. Ele ressaltou a possibilidade de se triplicar o volume de comércio bilateral ao longo da próxima década.

“Tenho certeza que há muitas oportunidades de trabalho entre os governos Joe Biden e Jair Bolsonaro. Reconhecemos uma aliança estratégica entre Brasil e Estados Unidos que merece investimentos em várias áreas”, afirma.

Mercado estratégico

Os Estados Unidos figuram como principal mercado estratégico para a indústria brasileira, de acordo com o Índice de Mercados Estratégicos (IME), que considera o fluxo de comércio e investimentos com os países. Para 2021, o setor privado tem grande expectativa para o início das negociações dos acordos para evitar a dupla tributação e de investimentos.

Também defende o diálogo para a remoção de barreiras ao comércio e aos investimentos entre os dois países. Ao mesmo tempo, trabalha seguindo um roadmap de ações para se preparar para as negociações de um acordo de livre comércio.

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