Crise da Argentina afeta exportações brasileiras

07.10.2020 -

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, em setembro, foram embarcados 8,1 milhões de pares, 19% menos do que em setembro do ano passado. Com os resultados, as exportações acumuladas entre janeiro e setembro somaram 64,5 milhões de pares por US$ 490 milhões, quedas de 24,4% em volume e de 33,2% em receita ante período correspondente do ano passado.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que a pandemia do novo coronavírus, embora com menor força, segue afetando os embarques, especialmente para os Estados Unidos. Outro fator que segue influenciando negativamente a performance é a crise da Argentina, que vem restringindo as importações de calçados por meio das licenças não-automáticas como forma de reter suas parcas reservas cambiais.

“É um problema recorrente e que se agrava conforme a crise do país vizinho avança”, lamenta o dirigente, ressaltando que a Argentina é o segundo destino do calçado brasileiro no exterior. Empresas já reportaram à Abicalçados mais de 350 mil pares de calçados brasileiros retidos por mais de dois meses em função do atraso na liberação das licenças de importação.

Estados
Entre os principais exportadores de calçados do Brasil, o Rio Grande do Sul se destacou com o embarque de 15,7 milhões de pares e US$ 222,3 milhões entre janeiro e setembro deste ano. O resultado é inferior ao do ano passado tanto em volume (-32,4%) quanto em receita (-35%). O segundo estado exportador do período foi o Ceará, de onde partiram 21,2 milhões de pares por US$ 120,6 milhões, quedas de 26,5% em volume e de 31,5% em receita em relação a 2019. O terceiro exportador do período foi São Paulo, com 4,6 milhões de pares embarcados por US$ 49,46 milhões, quedas de 21,3% e 36,7% ante o ano passado.

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