Private label é opção para investir na exportação

02.10.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Apostar no private label para o mercado internacional de calçados requer investimentos em equipe e estrutura. No entanto, reflete na qualidade de produto, levando em conta que, para exportar, é preciso se adequar a padrões internacionais, o que contribui para o aperfeiçoamento de processos, tornando os produtos mais sustentáveis e competitivos tanto no mercado interno quanto no externo.

Investimento
É necessário estudar o mercado no qual se pretende atuar e desenvolver produtos de acordo com os hábitos de consumo de cada país. Conforme o diretor da Gateway International (Franca/SP), Júlio Schreck, que trabalha com exportação de calçados há mais de 30 anos, produzir com continuidade para fora do Brasil está diretamente relacionado com investimento e performance.

Exigências
As principais exigências do mercado externo consistem em estrutura fabril, layout, controle de materiais restritos, entre outros. “O mercado que atuo [Estados Unidos] é muito exigente. Inclusive, alguns produtos com visual mais latino e de gosto duvidoso são deixados de lado. É necessário manter auditorias permanentes para que os clientes possam se assegurar que seus produtos estão sendo fabricados dentro das normas, seguindo os códigos de conduta”, comenta.

Futuro do varejo
Com margens cada vez mais apertadas, criar marcas próprias ancoradas na produção terceirizada surge como uma opção rentável. Na opinião do agente exportador, o futuro do varejo está atrelado ao private label. “Lógico que algumas grandes marcas, principalmente internacionais, continuarão tendo espaço nas prateleiras das lojas multimarcas e de departamento, mas o foco será a marca própria”, aposta.

Riscos
Schreck comenta ainda sobre o receio de alguns calçadistas em produzir private label para fora do Brasil, especialmente pela chance de que os produtos sejam barrados. “E se isso acontecer, podem ter dificuldades em vender essas mercadorias, pois a marca do cliente estará nos calcados”, explica. No entanto aconselha que, para evitar o risco, os negócios sejam bem estruturados, de preferência com parceiros confiáveis. “Se a empresa estiver disposta a fazer private label e tiver confiança no seu produto e desempenho, o preconceito desaparece, pois ela irá colher bons frutos.”

*Conexão Exporta Brasil é uma iniciativa do Grupo Sinos, por meio do Jornal Exclusivo. Patrocínio: Fimec 2021. Apoio: Efficient Comex; Kisafix e IBTeC.

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