O poder das collabs

30.05.2022

As collabs são muito utilizadas por empresas de grande porte, mas podem ser frutíferas também para os pequenos negócios, principalmente as lojas. A estratégia consiste em se unir a marcas, personalidades ou artistas, com o objetivo de criar e divulgar produtos, atrair diferentes públicos, gerar valor, aumentar a visibilidade e, consequentemente, potencializar as vendas.

Essa ferramenta não é novidade, principalmente no mundo da moda. O boom das collabs começou nos
anos 2000 com parcerias como a do estilista Karl Largerfeld e a fast fashion H&M. Aqui no Brasil, a Grendene é uma das pioneiras com a collab Melissa + Jean Paul Gaultier, em 1983. Uma das collabs mais recentes, sinônimo de sucesso absoluto, foi a parceria da C&A com a Moschino. Mas as colaborações não se limitam a estilistas, usando como exemplo a collab de O Boticário com a Buballoo, esgotando alguns produtos em minutos, bem acima do esperado pelas marcas.

E como adaptar as collabs para lojas de pequeno porte? O primeiro passo é pensar no público-alvo. Você deseja atingir um público novo ou fortalecer o atual? O importante é que ambas as partes gerem valor e resultados uma para com a outra. À partir dessa análise, comece a pensar em quem você pode trazer para uma collab.

Pode ser uma influenciadora local que tenha um público fiel e um estilo que combine com o seu. Pode ser uma artista com senso estético que possa ser impresso nos produtos, ou até mesmo personalizar itens prontos – tipo de collab muito usado em caso de bolsas e calçados. Pode ser uma parceria com outra loja que atenda um público similar, mas venda produtos complementares ao seu, como loja de roupas + loja de acessórios. Até mesmo collab com segmento totalmente diferente, mas que se consiga agregar ambos os produtos, como usar a estampa de uma louça em uma roupa ou a identidade visual de uma marca de cafés traduzida em forma de acessórios ou calçado. Unir forças também de lojas de produtos físicos com empresas de serviços, que agregue ao produto, faz total sentido. Já pensou em comprar uma jaqueta de couro já incluindo as lavagens e manutenção? As possibilidades são muitas!

Se você não tem a chance de ter collabs na criação dos produtos, não deixe de aproveitar o poder das parcerias. Faça collabs na curadoria, por exemplo, através de uma linha ou coleção exclusiva feita com itens selecionados. Quando pensar em estruturar uma colaboração dentro da empresa lembre-se de ir além da criação, incluindo o planejamento comercial alinhado à comunicação e marketing. Precisa fazer sentido para ser trabalhada dentro do ponto de venda através do visual merchandising e vitrines, ser divulgada de maneira atraente nas redes sociais e até eventos on-line, como lives, e off-line, como encontros na loja para atrair todos os olhares para esse momento especial.

Para que a parceria funcione, alinhe todas as expectativas, metas, objetivos, obrigações e acordos financeiros através de um contrato transparente. A collab é uma forma criativa, eficiente e precisa de alcançar novos públicos, consolidar novas marcas e aumentar a visibilidade e, consequentemente, as vendas com marcas trabalhando juntas em prol do mesmo ideal. Cada vez mais veremos esse formato de trabalho dentro e fora do varejo. Não deixe a sua loja de fora! 

Priscila Marocco

Priscila Marocco - Visual merchandiser, vitrinista e estrategista de varejo. Graduanda em design de moda. Trabalha há 17 anos dentro de lojas físicas, todos os dias. Diretora criativa na 220v Visual Merchandising e Consultoria.

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