Os bons ventos que sopram em 2019

06.03.2019

Iniciamos 2019 com uma grande expectativa de mudanças no cenário econômico brasileiro. A posse do novo governo federal e mesmo a troca dos governos estaduais, influenciados pelo novo discurso de austeridade e transparência que permeou a campanha eleitoral do ano passado, criaram um clima de otimismo pelo país afora, o qual esperamos que impacte positiva e concretamente no mercado. Passamos pela pior crise econômica das últimas décadas, provocando o fechamento de milhares de empresas por todo o país. A taxa de desemprego atingiu níveis recordes e a confiança do empresariado desceu ao seu ponto mais baixo. Agora precisamos voltar a crescer, urgentemente.

As medidas iniciais anunciadas pelo presidente e sua equipe ainda não possuem o detalhamento suficiente para podermos avaliar o quão profundamente vão afetar o mercado, mas deixam antever um cenário bem mais favorável às atividades econômicas. Deveremos ter geração de empregos, menos burocracia, menor carga tributária e mais liberdade para desenvolver nossas empresas. Pelo menos são as propostas que estão sendo anunciadas.
O Brasil está prestes a começar uma nova e promissora etapa, em que os valores e princípios voltam a ter a importância que merecem. Mas tudo isto depende da capacidade de articulação deste novo governo, da boa vontade do Congresso Nacional e da maturidade dos ministros indicados por Bolsonaro. Os governantes não podem perder o foco, muito menos desvirtuar-se dos caminhos que levam aos objetivos que todos temos em mente. E aí, se tudo ocorrer como esperamos, o Brasil vai iniciar um novo ciclo de desenvolvimento, de progresso e de prosperidade.

Então eu pergunto: estaremos preparados para crescer com o mercado? Aproveitamos a crise para adequar nossas empresas para competir neste novo mercado? Fizemos os ajustes necessários para tornar nossas fábricas mais eficientes, nossa equipe melhor preparada, nossos produtos mais identificados com o consumidor atual? Porque, se o tema de casa não foi feito, de nada adiantará o Brasil crescer a taxas elevadas. Quem irá competir, tirar proveito do crescimento, serão nossos concorrentes, que ao longo dos últimos dois ou três anos reduziram seus custos internos, modernizaram suas plantas, capacitaram seus profissionais e dirigiram seus produtos para o seu público específico.

Só quem vivencia a realidade das indústrias calçadistas sabe das dificuldades que se apresentam no dia a dia destas empresas. Mas muitos também visualizam as oportunidades de melhorar o desempenho de suas plantas. Eficiência produtiva, qualidade de processo e produto, redução de consumo de matérias-primas, reaproveitamento de material em estoque, racionalização de produto e processos, automação no desenvolvimento e na produção, informatização dos sistemas de planejamento e controle, enfim, há muito para ser trabalhado.

Quem não fez todos os ajustes necessários, perdeu muito tempo. Contudo, ainda é possível recuperar o tempo perdido e alcançar a competitividade no setor, pois a retomada do mercado não deverá ser tão rápida e significativa neste ano. Mas o clima é de otimismo e isto deverá influenciar as vendas nestes primeiros meses do ano. É o que todos esperamos!

Luis Coelho

Luís Coelho é consultor internacional de empresas formado em Tecnologia de Produção de Calçados e pós graduado em Educação pela Feevale, com MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela FGV. É diretor da Coelho Consultoria Empresarial Ltda.

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