Seminário para apontar caminhos futuros ao setor

06.08.2018 - Nicolle Frapiccini / Jornal NH

Foto: Nicolle Frapiccini/GES-Especial
Com o auditório do Centro de Cultura de Três Coroas, no Rio Grande do Sul, praticamente lotado, calçadistas, estudantes e profissionais do cluster coureiro-calçadista da região acompanharam, na tarde da última sexta-feira, o 10º Seminário Caminhos Futuros. Promovido pelo Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas (SICTC), a edição 2018 discutiu o consumo na era digital e a transformação da indústria calçadista. Web ativista, professor e membro da Federação Mundial de Estudos do Futuro (WFSF), Gil Giardelli abriu a programação do encontro, que contou ainda com a palestra do professor da ESPM-Sul, Artur Vasconcellos. O presidente do SICTC, Werner Júnior, comenta que o objetivo da iniciativa é reunir o setor e debater essas novas informações e conceitos. “Trouxemos dois palestrantes reconhecidos nacional e internacionalmente que falaram sobre visões de avanços e perspectivas que, para nós, ainda parecem longe. Queremos tirar os empresários e lideranças da zona de conforto, agregando conteúdo.”

Inovação no DNA do setor industrial

A quarta revolução e a transformação digital foram temas abordados por Giardelli, que mostrou a inteligência artificial presente em um Robô NAO no final da palestra. Para ele, nenhuma ideia deve ser jogada fora. “Estamos tendo uma desindustrialização porque não entendemos as regras da quarta revolução industrial. A questão de agora é como criar um futuro compartilhado em um mundo fragmentado”, frisa, ao dizer que se uma ideia não for colocada para funcionar, em um ano outra pessoa vai colocar. “A inovação tem que ser colocada no DNA da indústria.”

FAZER DIFERENTE

Já os desafios para o varejo na era digital foram apresentados pelo professor da ESPM-Sul Artur Vasconcellos, que acredita que as soluções inovadoras, normalmente, não são encontradas no ambiente que estamos no nosso dia a dia. “É importante enxergarmos novas oportunidades, temos que procurar fazer o que ninguém faz. É preciso fazer diferente”, afirma, ao lembrar que a inovação pode estar no processo, na forma diferente de se fazer alguma coisa que sempre foi feita de outra maneira. “Talvez tudo que fizemos certo até hoje não seja suficiente para termos sucesso daqui para frente. Agora, a competição é global”, destaca. O especialista também salientou que quem não se adapta, não sobrevive. “Empresas acabam fracassando por não aceitarem mercados novos e inovadores.”

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.