Francal 2018: setor calçadista ainda inspira

Foto: Bárbara Bengua/GES-Especial

Em um mercado instável e supercompetitivo, pode parecer loucura decidir investir no setor calçadista brasileiro. Porém, para Marcelo Carlini, da M Carlini (Santo André/SP), não há nada de insano nisso. Prestes a abrir sua primeira loja no ramo, o empresário, que antes contratava pessoas para revender calçados de marcas parceiras, participou pela primeira vez da Francal - Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios. “Devo inaugurar a loja em dois meses – ainda estamos em reformas. Já tinha contato com algumas fábricas, mas quis vir aqui para definir qual será o perfil da minha loja, que venderá sapatos femininos e infantis (atualmente, só vendo produtos para mulheres)”, conta. Seus planos, porém, são ainda mais ambiciosos. “Depois de abrir o estabelecimento físico, vou apostar no e-commerce, que é meu maior objetivo”, comenta. A sua ideia é ter todo o sistema integrado, de acordo com as tendências mundiais do varejo.

Foto: Bárbara Bengua/GES-Especial

Já Jamile Hamud, da Calçados Cia (Paranaguá/PR), tem presença confirmada sempre na Francal. “Acho que, perante a situação do mercado, a feira está boa. Tem muita novidade, lançamentos e produtos para todos os estilos”, comenta. Um dos diferenciais da mostra, na sua opinião, é que muitas marcas têm apostado em um atributo indispensável: o conforto. “Antes, eram só marcas específicas que destacavam essa qualidade. Hoje, vemos que todas estão preocupadas com isso”, sintetiza. Com um mix completo em sua loja – calçados, bolsas, acessórios e artigos de viagens para todos os públicos, Jamile lamenta, apenas, o momento do mercado. “Estamos tendo que nos virar. A greve dos caminhoneiros, entretanto, só agravou uma situação que já estava complicada. Esperamos que o segundo semestre seja mais positivo.”