Varejo calçadista precisa se reinventar, apontam especialistas

19.07.2018 - Bárbara Bengua / Jornal Exclusivo, de São Paulo/SP

Foto: Francal/Divulgação
Retail Now, evento realizado durante a Francal, apresentou alternativas para o segmento
Os novos rumos do varejo calçadista brasileiro estiveram em pauta durante o Retail Now - Fórum Desafios e Soluções para Multimarcas no Brasil. O evento, promovido pela Francal, Usaflex (Igrejinha/RS) e Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), fez parte da programação da feira, que tomou para si o compromisso de profissionalizar o setor com informação de qualidade. O encontro foi realizado na segunda noite da mostra calçadista, dia 17 de julho, no Expo Center Norte, em São Paulo/SP.

A iniciativa recebeu mais de 200 convidados e contou com a apresentação de uma pesquisa de consumo da Kantar Worldpanel, com base nos anos de 2017 e 2018. Diretor-executivo da Ablac, Wesley Barbosa comentou os resultados, que mostraram queda nas vendas gerais de calçados, mas, em contrapartida, um crescimento no consumo de sapatos femininos. "Percebemos boas oportunidades pela frente. No momento, temos estabilidade na frequência de compra e um resultado interessante para as lojas multimarcas, que vinham perdendo espaço há algum tempo”, comentou.

“A loja física não vai morrer”

O evento também teve palestra do professor da FGV-SP, UFRJ e ESPM, Edmour Saiani, além de um painel com profissionais do setor. Para o especialista, é preciso que os lojistas tenham coragem para mudar e se reinventar. “A loja física não vai morrer. Mas a loja física chata, sim”, afirmou, ressaltando a importância de melhorar o atendimento e acabar as rupturas que acontecem na hora da venda.

No painel, Marcone Tavares (Ablac), Manoel Kherlakian (Pontal Calçados), Wesley Barbosa (Ablac), Sérgio Bocayuva (Usaflex) e Edmour Sainai debateram o potencial das lojas monomarca, além de diferenciais competitivos para as multimarcas. “Para o lojista ser relevante para o fornecedor e assertivo com os clientes finais, ele deve escolher trabalhar com menos fabricantes. O varejista deve contar histórias relevantes para o público-alvo”, comentou Tavares.

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