Francal 2018: inovar para sobreviver

17.07.2018 - Roberta Pschichholz / Jornal Exclusivo, de São Paulo/SP

Foto: Francal/Divulgação
Mostra segue até esta quarta-feira, em São Paulo/SP
Diante de um mercado em plena transição, a 50ª Francal deu as boas-vindas aos visitantes com um painel composto por representantes de todos segmentos do mercado. Indústria, varejo, representantes comerciais e componentes, juntos, apresentaram um panorama do momento vivido e perspectivas para o futuro. Presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala foi saudado por todos e avisou que, para 2019, a feira reserva novidades, a começar pela data e pela quantidade de dias: a 51ª Francal ocorre de 3 a 5 de junho, escolha que, conforme Abdala, está mais próxima da realidade do mercado. Presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein reforçou a necessidade da indústria incorporar inovação em produto, gestão e comercialização. Ele acredita que o segundo semestre deve ser de melhores resultados no mercado internacional, com desempenho ainda melhor que igual período em 2017.

“Não dá para esperar o cliente entrar na loja”

Se a indústria encolheu para se ajustar à demanda, o varejo tenta compreender o que o consumidor quer. Dirigente da Ablac, Imad Esper avisa que não dá mais para esperar o cliente entrar na loja. “Precisamos buscá-lo e esse trabalho precisa ser feito em conjunto com a indústria, com ferramentas de troca de mensagens, como WhatsApp, entre outros meios digitais”, considera o varejista. Ele acrescenta que não há mais como enganar o consumidor e que é preciso ser transparente. Esper também comenta o sentimento de angústia e dúvida gerado pela necessidade de estar atento aos diversos canais necessários para chegar ao cliente. Omnichannel, e-commerce, entre outros termos atuais, têm confundido a cabeça dos lojistas. “É uma transformação que não se constrói sem ajuda. Precisamos de todos – da indústria e dos representantes”, convocou. O empresário enfatizou a necessidade de compartilhar informação e o conhecimento, sob pena de que os negócios acabem. “E é preciso mudar de forma rápida”, alertou.

O que importa é o produto

Há pouco mais de um ano e meio à frente da Usaflex (IgrejinhaRS), o empresário Sérgio Bocayuva compartilhou depoimento de quem, neste período, visitou mais de 600 lojas. Ele é taxativo em relação ao diagnóstico do mercado: “O modelo de multimarca ficou paralisado e a indústria se acomodou”, opina. Olhar para dentro, para os clientes e para as mudanças necessárias são algumas das dicas do CEO. “O cliente não quer mais se frustrar por não encontrar o produto que procura”, alerta. Ele acrescenta que, seja qual for o modelo, a loja é o ponto intermediário e o produto é o que realmente importa. O desafio do setor, enfatiza Bocayuva, é modernizar-se e agregar valor à experiência de compra. “Felizmente, não convivo com essa crise”, declara, ao mencionar o projeto de sucesso que lidera na Usaflex, de expansão da rede de franquias. Também participaram do painel o presidente da Abrecal, Paulinho Schemes, e o diretor-presidente da Killing (Novo HamburgoRS), Milton Killing.

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