Classificação fiscal de produtos é desafio para o Comércio Exterior

24.04.2018 - Redação Jornal Exclusivo

Foto: Fotolia.com
Constatação é de pesquisa global da Thomson Reuters
O Comércio Exterior ganhou muito espaço nas manchetes nos últimos anos. Seja pela saída dos Estados Unidos do acordo do Transpacífico, seja pelas discussões sobre o Brexit e seus impactos na União Europeia. Falando especificamente da operação nas empresas, os dilemas se repetem. Centralizar ou não a gestão? Fazer uso indiscriminado dos acordos de livre comércio? Usar de serviço externo para classificação fiscal? Essas e outras questões foram abordadas pela Pesquisa Global de Comércio Exterior da Thomson Reuters.

A pesquisa qualitativa foi feita com profissionais da área para identificar gargalos e espaços de melhoria nas atividades. No estudo foi identificada a baixa adesão das empresas aos acordos de livre comércio: apenas 23% dos entrevistados de 2016 afirmaram fazer parte de empresas que se utilizaram dos FTA's (Free Trade Agreement). "Muitas empresas participantes da pesquisa não confiam na consistência e na confiabilidade das determinações e declarações de origem que seus fornecedores apresentam", afirmao gerente de Soluções Corporativas da Thomson Reuters Brasil, Gustavo Felizardo.

Centralização de processos

Em 2017, a pesquisa buscou as respostas qualitativas dos números obtidos na edição anterior, em que foram entrevistados os principais executivos do tema em grandes organizações, com a leitura especializada de profissionais que monitoram diariamente o comércio exterior no Brasil e no mundo. Temas frequentemente debatidos, como a centralização de processos, também foram objeto de estudo das equipes de pesquisa. "Embora a centralização gere benefícios líquidos e seja uma prática importante para o comércio exterior, a importância do conhecimento local é crucial e impede que a centralização completa seja realista. No entanto é quase unânime a percepção de que o elemento de governança do comércio exterior pode e deve ser centralizado", aponta Felizardo.

Principal desafio

O principal desafio identificado pelo estudo segue sendo a classificação fiscal. Foi realizada uma observação dedicada sobre os 91% de entrevistados que já haviam relatado esta etapa como um dos seus maiores obstáculos. "O processo de classificação fiscal é centralizado, mas extremamente manual. Uma fonte constante de risco e complexidade para as equipes de comércio exterior, que precisam garantir, por exemplo, que as mudanças regulatórias sejam feitas nas planilhas em tempo hábil. Gerenciar isso em vários países e SKU's (Unidades de Manutenção de Estoque) manualmente é altamente complexo", conclui.

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