Busca por bem-estar é MACROTENDÊNCIA

10.04.2018 - Bárbara Bengua / Jornal Exclusivo

Foto: Fotolia.com
As prioridades mudaram. Se em um passado próximo as pessoas aceitavam sentir dores e desconfortos apenas para se encaixarem nos padrões pré-estabelecidos, atualmente, este discurso não tem mais espaço. “Esta nova geração não está mais interessada em acúmulos de objetos. Eles prezam muito mais pelo seu bem-estar e em causar menos impacto ambiental, por exemplo”, explica a professora doutora da Universidade Feevale (Novo Hamburgo/RS), Marina Seibert Cezar.

Segundo ela, este novo consumidor – que não é classificado por idade e, sim, por comportamento, quer que o consumo seja algo político, aliado a algum propósito. “Macrotendência é justamente isso: são desejos vigentes que se manifestam em vários ambientes da vida em sociedade”, detalha. A especialista explica, portanto, que essa necessidade de se sentir mais à vontade e ser honesto consigo mesmo se manifesta na primazia pelo conforto. Na sua avaliação, esta prática também pode ser percebida na busca por alimentos orgânicos, na preferência pela produção local, na economia circular e colaborativa. “Ou seja, estamos falando da mesma coisa, entendida de forma diferente: autenticidade, veracidade, responsabilidade social, qualidade de vida, valores mais profundos na forma de viver.”

NOVAS ESCOLHAS

Para Marina, as marcas que não atentarem a estes movimentos terão, cada vez mais, menos público. “Não por coincidência que os tênis estão muito mais elaborados, pois estão substituindo a formalidade de modelos desconfortáveis”, exemplifica. Ela menciona, ainda, que não adianta fazer apenas produtos bonitos. “Mais do que consumidor, esta geração se coloca na posição de cidadão, escolhendo de forma consciente como gastarão seu dinheiro”, pondera.

FEMINISMO

Na visão da especialista, a ideia de conforto tende a permanecer, também, devido ao feminismo. “O movimento feminista permitiu que as mulheres pudessem se sentir confiantes sem o salto, não precisando maltratar seus pés e colunas enquanto trabalham. Elas conquistaram outras formas de se posicionarem em seu espaço”, finaliza.

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