"Quando decidi internacionalizar as Havaianas, quase me chamaram de louca"

08.03.2018 - Mary Silva / Jornal Exclusivo


Angela Hirata
O Dia Internacional da Mulher teve programação aberta em grande estilo na 42ª Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes. Valorizando a força intelectual das líderes brasileiras, o workshop Empreendedorismo Feminino, promovido pela Assintecal, em parceria com a AL-Invest 5.0, reuniu cerca de 200 pessoas no Centro de Eventos da Fenac, em Novo Hamburgo/RS, logo no início da manhã de hoje, 8 de março. A administradora Angela Hirata foi a grande protagonista e arrancou aplausos entusiasmados da plateia, com palestra sobre sua brilhante trajetória profissional. Em destaque, a experiência à frente da internacionalização da Havaianas, no início da década passada.

“Era um produto simples, desvalorizado. Quando, em 2001, apresentei a ideia de levar as sandálias para o mundo, a diretoria da Alpargatas ficou horrorizada. Quase me chamaram de louca”, revelou. Em um ano de atuação, a executiva, que foi a primeira mulher a assumir um cargo no alto escalão da companhia, que tem sede em São Paulo/SP, já havia triplicado o faturamento da empresa. Hoje, a etiqueta está presente em mais de 100 países e é considerada um genuíno produto Made in Brazil. Atualmente, Angela, que tem especialização em Comércio Exterior, comanda a Japan House São Paulo – espaço multicultural idealizado pelo governo do Japão para conectar a cena contemporânea do país com o restante do mundo.

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Painel evidencia realidade do mercado

Os desafios enfrentados pela mulher no mercado de trabalho foram a tônica do painel realizado logo após a fala de Angela Hirata. Uma das participantes, a prefeita Fátima Daudt salientou a importância de se manter a objetividade. “Precisamos batalhar muito por respeito e igualdade. É preciso saber aonde queremos chegar e ser objetivas para realizar nossas metas”.

Para a presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite, a palavra-chave é coragem. “Nossa trajetória de conquistas é muito recente. Não queremos flores, queremos igualdade”, disse. Também no palco, a diretora de Desenvolvimento de Produto da Piccadilly, Ana Carolina Grings, observou que, motivadas, as mulheres podem mais. “A inovação é o caminho para o futuro e, com criatividade, vamos muito longe”. Elda Maria Kautzmann, diretora da Rollafio, completou o grupo de painelistas, compartilhando seu ponto de vista a respeito da relevância da figura feminina nos contextos sociais. “Quando meu marido faleceu, me vi sozinha, com filhos, empresa e muita responsabilidade. Precisei aprender e superar obstáculos, como muitas mulheres”, relatou.


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