Largada entusiasmada na Fimec 2018

07.03.2018 - Roberta Pschichholz

Foto: Divulgação
Fimec 2018
No que depender dos indicativos econômicos mencionados pelas autoridades participantes da abertura da 42ª Fimec, o ano de 2018 terá fortes emoções no âmbito político e bons resultados financeiros para a indústria. Representantes das entidades parceiras da feiras e políticos gaúchos – entre eles o governador José Ivo Sartori – abriram oficialmente no início da tarde de terça-feira, 6 de março, os trabalhos nesta edição de 2018 da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes.

Diretor-presidente da Fenac, Márcio Jung enfatizou a importância do trabalho em equipe realizado com as entidades do setor (Abicalçados, Abrameq, Assintecal, CICB, ABQTIC, ACI-NH/CB/EV, AICSul e IBTeC) para que a feira tomasse a proporção e relevância que tem hoje. “O trabalho em conjunto contribui muito para o sucesso do evento. A Fimec é uma ferramenta para os empresários construírem relações duradouras”, define Jung.

Trabalho

Presidente da Abrameq, Marlos Schmidt fez seu pronunciamento em nome das entidades. Ele refletiu sobre o momento atual, marcado pelo que chamou de “crise baseada em conceitos e ideologias”, pelo processo de desindustrialização do País e encerrou mencionando sinais positivos de retomada da economia. “Esperamos que aqueles que pensam e querem construir algo para nossa sociedade continuem trabalhando”, apelou.

Bertex: ano começa com perspectiva de crescimento

Os portões de acesso aos pavilhões da Fenac recém haviam sido abertos, no início da tarde de terça-feira, e já havia estandes com espaços concorridos para atendimento de clientes. Era o caso da Bertex (Novo Hamburgo/RS), fabricante de materiais tramados e de conceito artesanal.

“Acabamos de voltar da Lineapelle (Milão) e não deixamos de conferir as novidades da Fimec. Somos clientes da Bertex, de quem compramos jutas, tramas, ráfias e bordados para nossas coleções”, conta a gerente de Produto e Desenvolvimento do Centro de Estilo da Arezzo&Co (Campo Bom/RS), Maria Gabriela Saldanha. Depois de selecionar os materiais, Gabriela e equipe fazem uma apresentação à direção, para então encomendar os itens selecionados para a criação dos calçados.

Diretor-presidente da Bertex, Gerson Berwanger começa 2018 cheio de projetos. Expôs pela primeira vez na Lineapelle, de olho no mercado asiático e indiano, e acredita em crescimento do negócio. “Em 2017, empatamos no resultado, mas para 2018 aposto em crescer 10%”, projeta o empresário. O mercado interno deve ser o responsável pelo melhor desempenho, uma vez que, hoje, a companhia fatura em torno de 8% com os negócios mantidos com clientes estrangeiros.

Renovação de equipamentos

Com uma equipe de dez profissionais espalhados pela Fimec, o presidente da Klin (Birigui/RS), Carlos Mestriner, percorria os corredores da feira ansioso por novidades. Lamentou não ter investido em novos equipamentos para seu parque industrial nos últimos dois anos, mas pretendia correr atrás do prejuízo nesta edição da mostra.

“Preciso melhorar a competitividade da empresa. Estamos em busca de novas tecnologias, tendências de moda, novos fornecedores, enfim, tudo o que ajude a melhorar processos”, detalhou. Com produção de 25 mil pares/dia, a fabricante tem a ambiciosa meta de crescer 20% em 2018. “O consumidor está mais confiante”, enfatiza o empresário.

Governador gaúcho é só elogios para a mostra

Pela primeira vez na Fimec na condição de governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori enalteceu os atributos da mostra e, a exemplo dos demais participantes da cerimônia de abertura, reafirmou o fato de que ninguém faz nada sozinho. Lembrou do tempo em que foi prefeito de Caxias do Sul (RS), quando participava da organização da Festa da Uva.

“Em eventos como esse, o investimento representa 10% do resultado, sem falar no bem que faz à autoestima da comunidade”, comentou. Também mencionou que o setor calçadista emprega, no RS, 100 mil pessoas de maneira direta e considerou que os empresários do setor souberam aproveitar o momento difícil e os incentivos fiscais, entre eles a redução da alíquota do ICMS, de 8,5%.

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.