Receita líquida da Grendene cresce 10,1% no ano de 2017

28.02.2018 -

Apesar da baixa no consumo de calçados no mercado doméstico, a Grendene (Farroupilha/RS) fechou o ano de 2017 com resultados expressivos. Está é uma demonstração de que marcas consolidadas e projetos diferenciados são os principais ingredientes para o sucesso de um negócio neste segmento. Isso porque, no período, a companhia atingiu lucro líquido de R$660,9 milhões e a receita líquida cresceu 10,1%. 

Segundo o CFO da fabricante, Francisco Schmitt, mesmo com o varejo nacional retraído, o acirrado ambiente competitivo e o aumento de impostos, os resultados operacionais foram bons, com crescimento de 16,5% no Ebit e margem Ebit de 20,7% – 1,2 p.p. maior que igual período do ano anterior. Entretanto, com a queda nos juros, o resultado financeiro caiu 11,2%, resultando em crescimento no lucro líquido de 4,2% com margem líquida de 29,3%, queda de 1,7 p.p. em relação a 2016.

***

Exportação
Em 2017, a pouca expectativa para o desempenho da economia interna e para a volta do crescimento no mercado de calçados foi antevista pela Grendene. A companhia contrapôs este cenário com ações no mercado internacional, resultando em alta de 42,7% nos volumes exportados.

Construção de marcas e ampliação de franquias

Schmitt observa que, na construção de marcas, a empresa avançou com o projeto “Clube Melissa”, ultrapassando as expectativas iniciais. A projeção, estabelecida em 2012, quando o projeto de franquias começou, era ter 200 lojas até 2017. A companhia encerrou o ano com 263 lojas franqueadas, um aumento de 22 lojas em um ano de baixo crescimento no varejo. “Aproveitando este resultado, a Grendene lançou o mini Clube Melissa, que deve impulsionar o crescimento deste projeto em 2018”, reforça o executivo.

Além disso, segundo Schmitt, a empresa fortaleceu suas marcas tradicionais – Rider, Cartago, Ipanema, Zaxy, Grendha e Grendene Kids. Entre as iniciativas, destaque para as ações da marca Rider, que reforçou sua ligação com esportes em colaboração com a NBA; e da Zaxy, que alinhou-se ao comportamento do seu público-alvo, fazendo a comunicação da marca pelo primeiro ano totalmente digital.

***

INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS

Francisco Schmitt
Francisco Schmitt enfatiza que a empresa não aposta apenas em marcas e marketing. “Para perseguir a continuidade de bons resultados, a companhia tem investido em suas operações fabris, no que se convencionou chamar de indústria 4.0, robotização, automatização e IoT (Internet das Coisas). Estas são algumas das ferramentas que a Grendene tem aplicado para melhorar a qualidade dos produtos, a assertividade e pontualidade nas entregas e, ao mesmo tempo, manter os custos sob controle e o planejamento de produção otimizado”, diz.

Para 2018, a calçadista espera um aumento de consumo no Brasil em número de pares da ordem de 3% a 5%. “Para o primeiro semestre de 2018, esperamos números positivos impulsionados pela Copa do Mundo na Rússia, o ano eleitoral brasileiro e o bom momento da economia mundial. O desemprego caindo e a inflação baixa aumentam o poder de compra dos consumidores. Esses são sinais de que o consumo de calçados pode voltar a crescer, recuperando parte das perdas ocorridas nos últimos anos”, afirma Schmitt, que ressalta: “As empresas que souberam se fortalecer durante o período de crise, como a Grendene, se preparam para colher os resultados de uma economia mais saudável.”

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.