Calçados Beira Rio muito além dos números

18.09.2017 - Redação Jornal Exclusivo

Os números são impressionantes: 380 mil pares/dia, 10.503 empregos diretos e outros 15 mil indiretos, presença em mais de 26 mil pontos de venda no Brasil. Com a filosofia de formar pessoas com especialidades em saber servir aos clientes, a Calçados Beira Rio S.A (Novo Hamburgo/RS) tornou-se onipresente no varejo nacional, foi pioneira na implementação do sistema de fast fashion no mercado calçadista e avança a passos largos no exterior. Recentemente, conquistou o título de maior e melhor empresa do segmento têxtil/calçadista pela revista Exame. O segredo do sucesso da fabricante gaúcha? A valorização de seu staff e o foco nos desejos de seus consumidores. Há mais de dez anos na companhia, a diretora comercial e de marketing Maribel Silva acrescenta a maneira diferenciada de enxergar o mercado e oferecer a ele produtos de alto giro como outro ingrediente importante para o desempenho dos negócios.

42 ANOS DE HISTÓRIA

A história da empresa começa em 20 de junho de 1975, em Igrejinha/RS, num pequeno galpão, onde 18 empenhados colaboradores apresentavam ao mercado a Calçados Beira Rio S.A. Nesses 42 anos, a missão da companhia provou ser mais atual do que nunca: formar pessoas com especialidades em saber servir aos clientes – dos lojistas aos consumidores finais, sempre focando na credibilidade das suas marcas e no design dos seus produtos.

Hoje, a calçadista dispõe de um moderno centro de desenvolvimento com sede em Novo Hamburgo/RS e 11 filiais produtivas, distribuídas em diversas cidades do Estado do Rio Grande do Sul.

VISÃO HUMANISTA

E para chegar a esse resultado, a empresa pautou-se na visão humanista, trabalhando na formação de profissionais por meio do projeto Conquistando a Perfeição, desenvolvido dentro da companhia e que alcança todos os setores. Em unidade de ação, todos os colaboradores atuam em sintonia, alimentando a dinâmica de trabalho que abastece e garante a expressiva presença das seis marcas produzidas pela empresa – Beira Rio Conforto, Moleca, Vizzano, Molekinha, Molekinho e Modare Ultraconforto.

No mercado externo, os resultados também começam a aparecer. No Peru, a Viz-zano acaba de consolidar-se como a marca líder em vendas. A presença das etiquetas da Beira Rio é mais forte nas Américas – Central e Latina, além do continente europeu. Nos últimos quatro anos, a produção anual passou dos 59 milhões de pares, em 2013, para 85 milhões em 2016. Com isso, foram criados 1.672 novos empregos diretos.

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“Nosso foco é o consumo, é a consumidora, é o mercado”

Roberta Pschichholz / Jornal Exclusivo

Maribel Silva, diretora comercial e de marketing da Calçados Beira Rio
Maribel Silva, diretora comercial e de marketing da Calçados Beira Rio
A Beira Rio está onipresente no varejo calçadista brasileiro. Como a companhia conseguiu chegar a 26 mil pontos de venda? É nossa visão de analisar o mercado. Quando temos produto e marca bem estruturados, queremos vê-los em todos os pontos de venda. Então, organizamos a área comercial da empresa de maneira que realmente tivesse uma distribuição que atingisse pequenos, médios e grandes clientes. Ficamos muito satisfeitos em ouvir de nossos parceiros que eles adoram a Beira Rio porque é uma grande empresa que trata os clientes, do menor ao maior, com a mesma dedicação e carinho. Hoje temos mais de 22 escritórios, em um padrão de showroom semelhante ao que temos em Novo Hamburgo, em capitais e grandes centros. Nos propusemos a levar os lançamentos frequentes que fazemos a todos. Não adianta só pensar em fazer o fast fashion para gerar o consumo sem que haja uma estrutura para atender a todos os clientes. Todos precisam ter a mesma oferta de produtos.

O formato de presença no varejo que a empresa preconiza é a multimarca? A Beira Rio considera adotar o sistema de franquias? Nosso trabalho é, cada vez mais, fortalecer nossas marcas para que elas sejam as protagonistas nas sapatarias. É oferecer uma marca de valor e intimidade com a consumidora, para o varejo.

A Beira Rio foi precursora em oferecer ao mercado moda rápida. Como foi esse processo de adaptação a esse sistema? Houve uma evolução do mercado e do consumo. A informação de moda passou a chegar a todos, tornou-se uma forma de inserção social, passou a agregar valores emocionais e gerar vínculos e mudanças na autoestima. Percebemos que essa seria a forma de fazer com que nossas marcas oferecessem a moda que essa consumidora quer. Inclusive, de maneira ainda mais antecipada. Hoje, quinzenalmente nós temos uma nova coleção sendo lançada em cada marca. Tornamos o calçado um acessório de moda, de bem-estar, com conforto. São diversos valores envolvidos nesta nova era de consumo. Hoje fala-se muito em wellness (bem-estar) e cada uma de nossas marcas carrega esses diferenciais.

Como conseguir dar este ritmo à produção de calçados para o mercado de fast fashion? Em todas as áreas, houve investimentos. Desde a área de desenvolvimento de produto, com designers e técnicos próprios para cada marca, matérias-primas diferenciadas, enfim, toda estrutura necessária. Cada marca é produzida em uma unidade industrial específica, com os melhores e mais produtivos equipamentos, altamente inovadores. Foi todo um processo de inovação, que passou, principalmente, pela formação das pessoas. Toda nossa estrutura de pessoas é formada pela empresa. Temos um programa, Conquistando a Perfeição no Atendimento ao Cliente, criado junto com toda essa estratégia. Por meritocracia, escolhemos as pessoas que vieram a ser tornar líderes cuja base foi construída dentro de casa.

Podemos falar que o grande sucesso da empresa está na valorização de seus colaboradores? Sim, com certeza. O mérito é do senhor Roberto (Argenta, presidente da companhia), que sempre acreditou nas pessoas. Somos quatro diretores e todos estamos há mais de dez anos com ele. Como ele sempre diz, sua grande paixão é ver as pessoas crescerem. Ele tem uma frase, que sempre compartilho com nossos colaboradores: “A Beira Rio será do tamanho das pessoas que nela estiverem”.

Como a Beira Rio consegue ter este desempenho, diante de um cenário de varejo brasileiro tão adverso? Porque nosso foco, de toda a estruturação do nosso trabalho, é o consumo, é a consumidora, é o mercado. É olhar para isso é enxergar o que ela quer, o que faz com que nosso cliente tenha giro no ponto de venda mesmo em épocas de dificuldade. A ativação do mercado acontece justamente quando conseguimos surpreender, com preço, valor agregado. Nossos produtos têm de ser bonitos, comportáveis e ter bom preço. Até brincamos que somos “quatro BBB”: Beira Rio, bom, bonito e barato. Procuramos construir nosso método, não olhar tanto para fora.

Por que produzir somente no Brasil, em específico, no Rio Grande do Sul? É uma escolha. Seu Roberto, nosso presidente, sempre diz que uma árvore com raízes fortes em sua terra expande. A ideia, então, é que a produção agregue os valores locais e, principalmente, ofereça empregos e desenvolvimento econômico aqui. Mudamos a vida das pessoas onde instalamos unidades. Nos dá muita satisfação poder causar essa transformação social na nossa terra. Quando tomamos essa decisão, há cerca de dez anos, nos definimos como uma empresa gaúcha pronta para a globalização. Nos fortalecemos para enfrentar os chineses e todas as dificuldades, sempre com nossa essência. Olhamos para nossa sapatilha Moleca e pensamos: ela é amada por todos, vamos investir nela, torná-la ainda mais confortável, e hoje nós a vendemos para a China. E a Moleca se tornou a sapatilha do mundo.

A COMPANHIA

→ A Calçados Beira Rio S.A tem 11 FILIAIS produtivas distribuídas em diferentes regiões do RS;

→ A empresa emprega diretamente 10.503 COLABORADORES e gera outros 15 mil postos de maneira INDIRETA;

→ A produção atual é de 380 MIL pares/dia;

→ Em 2016, a empresa fechou o ano com a produção de 85 MILHÕES DE PARES;

→ As seis marcas fabricadas pela companhia chegam a 25 MIL PONTOS DE VENDA no Brasil.

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