A Argentina foi responsável por adicionar US$ 237 milhões dos US$ 363 milhões a mais que a indústria gaúcha exportou de janeiro a junho. Para efeito de comparação, caso o valor dos embarques para o país vizinho em 2017 fosse igual ao de 2016, o total consolidado do setor secundário teria sido de 2,3%, ou seja, 4,3 pontos percentuais a menos em comparação com o efetivo. Entre os setores, o destaque ficou com Veículos automotores, reboques e carrocerias, com uma elevação de 54%. Outras altas expressivas ocorreram também em Químicos (18,2%) e Produtos de metal (33,7%). As principais influências negativas vieram de Tabaco (-17,8%) e Celulose e papel (-16,3%).
Ainda sobre o acumulado do ano, as importações totais foram de US$ 4,4 bilhões, alta de 20%, consequência da estabilização da atividade econômica e da diminuta base de comparação. Na separação por categoria de uso, Bens de consumo (66%), Intermediários (22,4%) e de Capital (5,4%) registraram avanços. Já Combustíveis e lubrificantes sofreram recuo de 10,5%.
Junho
Enquanto as exportações da indústria gaúcha alcançaram US$ 1,18 bilhão em junho, incremento de 9,3% na comparação com o mesmo mês de 2016 (70,1% do total das vendas externas gaúchas), o mesmo não aconteceu com as exportações totais. Ao somarem US$ 1,69 bilhão, caíram 6,3% no período, pela forte retração de 30,3% das commodities.
Na indústria, os setores de destaque foram Tabaco (26,9%), Químicos (23,9%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (19,1%). Já Couro e calçados (-8%) e Alimentos (-2,2%) registraram as maiores perdas.