América Latina marca presença no SICC

24.05.2017 - Bárbara Bengua / Jornal Exclusivo, de Gramado/RS

A América Latina está em peso no SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçados, feira que termina nesta quarta-feira, dia 24. Importadores de países vizinhos têm aproveitado o evento para fazer negócios, retomar antigos parceiros e, é claro, conferir as novidades verde-amarelas. Pela primeira vez no evento, Claudia Carvajal, da Naturalizer, rede com 11 lojas em Honduras, está encantada com os produtos brasileiros. “Eu não trabalhava com nenhuma marca daqui e estou gostando muito do que estou vendo”, conta.

Para ela, que só comercializa produtos em couro, há inúmeras vantagens em se trabalhar com as fábricas daqui. “A matéria-prima brasileira é muito boa, tem bastante qualidade, além dos ornamentos, que são diferenciados. Além disso, há várias facilidades para selecionar materiais, cores e afins”, detalha. Na feira, Claudia já fez alguns negócios e a maioria dos pedidos serão entregues com as marcas do Brasil. “Só fiz private label com um fornecedor”, explica.

Retomando mercados

O fabricante e distribuidor argentino Favio Dvorkin, da Roble, costumava comprar, há cerca de 20 anos, os produtos brasileiros. Contudo, com as barreiras e dificuldades comerciais, ele parou de negociar com os fabricantes nacionais. “Agora, está mais viável retomar as parcerias. Por isso, é a segunda vez que venho ao Brasil neste ano e quero me aproximar das fábricas daqui”, esclarece. A qualidade da indústria nacional, assim como a proximidade, são fatores que, para ele, fazem a diferença. “O Brasil sempre oferece máquinas e insumos de qualidade para a Argentina. Além disso, aqui há muita variedade”, pontua. Dvorkin trabalha com produtos de nível alto, com maior valor agregado.

Presenças garantidas

Sempre presente no SICC, Yardey Garzón Mesa, da Velez (Colômbia), gosta muito de participar do evento. “A modelagem, o design e a moda do Brasil são alguns dos diferenciais”, opina. Em 2016, ela, que só trabalha no sistema private label, comprou cerca de 80 mil pares. “Já faz mais de oito anos que trabalhamos com as fábricas brasileiras. Temos em torno de 7 fornecedores”, ressalta.

Poder encontrar todas as fábricas em um só lugar é um ponto a ser destacado por Alejandro Venegas, da Alejove (Costa Rica). “Durante a feira, consigo visitar todas as marcas”, afirma. Para ele, a qualidade e o conforto dos produtos Made in Brazil são muito bons. “Eu também digo que não sou cliente das fábricas com as quais trabalho. Somos amigos”, pontua, acrescentando que há uma relação de confiança. Atualmente, Venegas tem parceria com dez brands brasileiras e, segundo ele, os produtos são muito bem aceitos em seu país. Ele comercializa sapatos femininos, masculinos e infantis.

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