FIMEC refletiu na prática o que ensina a teoria

29.05.2017

Ainda no auge de uma prolongada crise não devidamente dimensionada, mas já bastante lamentada por suas consequências, a última edição do Jornal Exclusivo sobre a Fimec é toda ela um autêntico relato de como um ramo de atividade produtiva deve se comportar em situações econômicas reconhecidamente adversas.

A partir de uma sequência de reportagens e comentários sobre providências importantes adotadas principalmente pelos produtores gaúchos de calçados e da correspondente cadeia produtiva, o jornal justifica sua posição otimista, a ponto de acreditar no início de um novo ciclo econômico para o setor, um ciclo de prosperidade, com vislumbre de “virtuoso”. De tal sorte que, ao classificar a última Fimec como “a melhor dos últimos tempos”, o Exclusivo fez por demonstrar a razão dos significativos volumes de negócios, da presença extraordinária de importadores, bem como a participação de clientes de várias partes do País.

Ficou ali demonstrado que os empresários gaúchos investiram fortemente no aumento da produtividade, mediante a utilização do que a tecnologia de ponta representa de solução para o aprimoramento da qualidade e redução de custos do produto. Em consequência, os sapatos produzidos no Vale do Sinos, masculino e feminino, tornaram-se mais competitivos e mais procurados. E mais animadoras as perspectivas para todo ano.

Na verdade, essa reação que vem do Sul não chega a surpreender, quando se leva em conta que ali o empreendedorismo faz escola, é inato. Reconhecidamente, a região se coloca em posição de vanguarda na atividade calçadista, pela capacidade produtiva de suas unidades fabris, pelo seu avanço tecnológico, pelo pioneirismo de atitudes e pela própria consciência de seu valor.

Além do que o complexo calçadista gaúcho tem contado, desde o início de sua formação, com o apoio expressivo e racional do governo do Estado, consciente de sua importância econômica e social no rol das indústrias gaúchas. Atitude que, via de regra, não tem contemplado outros tradicionais centros produtores de calçados, do Estado de São Paulo, principalmente, onde o setor sempre foi tratado como atividade de secundária importância no cenário manufatureiro paulista.

Voltando ao assunto da feira, – seu sucesso e as lições que dela se extraem – merece comentário especial, vale reiterar, a atuação positiva do Exclusivo na sua condição de jornal posto a serviço dos interesses do complexo calçadista.

Desde os seus primórdios e no decorrer de seus quase 50 anos de existência, esse jornal de tal sorte tem se identificado com o setor calçadista que dele se tornou parte integrante e necessária. E é o que bem demonstra, ainda agora, o sentido responsável das informações transmitidas, o tratamento contido na sua linha editorial e a reiterada proposta de apoio e incentivo às múltiplas atividades inerentes à produção, distribuição e comercialização de calçados.

Tanto mais que, no conjunto de uma cobertura excepcional dedicada ao evento, o Exclusivo deixa subentendida a mensagem segundo a qual a Fimec refletiu na prática o que ensina a teoria, ao enfatizar as diversas ações voltadas para recuperação, fortalecimento e avanço tecnológico da economia calçadista.

Luís Carlos Facury

Luís Carlos Facury é economista e professor universitário (Economia Internacional), jornalista e calçadista.

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