O primeiro contato de Souza com a indústria calçadista foi bastante precoce. Aos 13 anos de idade, ele começava a trabalhar na linha de produção da extinta Calçados Catléia, em Campo Bom/RS. Também foi bancário por um breve período antes de retornar novamente à área de calçados. “Minha história está muito ligada às empresas Bibi e Azaleia, onde atuei nas áreas de programação de produção, vendas e exportação. Quando saí da Azaleia fui fazer um trabalho independente como account em comércio exterior”, explica o profissional, natural da cidade da Santo Antônio da Patrulha/RS.
Souza também acumula passagem pela Mould Matrizes (Sapiranga/RS). Na empresa, o profissional atuou como gestor de negócios internacionais para a marca Boaonda, trabalhando diretamente para a inserção da brand.
O consultor diz não gostar muito do termo representante comercial. “Acredito que aquele profissional que arrastava maletas de amostras pelo mundo, tocando portas às cegas, está ultrapassado e fadado a desaparecer. O mercado evoluiu, vivemos a era da informação”, afirma. Souza acredita que a necessidade é cada vez maior por profissionais que entendam as necessidades de cada cliente. “Hoje temos ou deveríamos ter profissionais antenados, de mente aberta, que transmitam as necessidades dos clientes às suas unidades produtivas, buscando suprir o mercado no momento certo e na medida certa”, conclui.
Souza acrescenta que outro grande desafio em se trabalhar com a área calçadista no exterior é a rapidez do mundo da moda. “Moda muda muito rápido, logo é preciso focar em um nicho e buscar a excelência. Nunca atenda a todos, afinal é preferível ser o cara para alguns clientes do que ser um ninguém para muitos”, diz.
Para ser um bom consultor de negócios internacionais, Souza sugere que é preciso ser obstinado naquilo ao que se propõe e estar atento às mudanças. Como lema, gosta muito da frase: “Na natureza não é o mais forte, nem o maior que sobrevive e sim aquele que melhor se adaptar às mudanças. Lembrem-se dos dinossauros.”