RS: intenção de consumo das famílias sobe em abril

24.04.2017 - Redação Jornal Exclusivo

Abril termina deixando ainda mais evidente a tendência de recuperação lenta e gradual da Intenção de Consumo das Famílias no Rio Grande do Sul (ICF-RS). O indicador fecha o mês com elevação de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Aos 69,7 pontos, o índice obteve uma melhora em vários de seus componentes, com exceção da avaliação quanto à renda atual e das perspectivas profissionais. Os dados foram divulgados pela Fecomércio-RS.

"A confiança das famílias ainda é baixa. Apesar da melhora continuada desde agosto do ano passado, a conjuntura impõe limitações à expansão da confiança”, destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, no atual cenário cresce a necessidade dos empresários incentivarem mecanismos de vendas ativas.

O indicador mede a situação do emprego, que cresceu 29,7% em abril (110,8 pontos) em relação ao mesmo mês do ano passado. “Os números recentes da atividade econômica no Brasil mostram recuperação. Isso tem se refletido no mercado de trabalho ao reduzir o ritmo de destruição líquida de empregos", afirma Bohn. O presidente da Fecomércio-RS lembra ainda que o mês de fevereiro de 2017 marcou o fim de um jejum de dois anos sem a criação de empregos no Brasil. No Rio Grande do Sul, considerando os dois primeiros meses do ano, o ritmo de criação líquida de postos de trabalho tem sido maior do que o do ano passado. "Isso passa a mudar a perspectiva das pessoas quanto à manutenção do emprego e é um passo importante para a recuperação do consumo”, pontua.

Ainda no âmbito do mercado de trabalho, a avaliação quanto à situação de renda atual caiu 21,0% na comparação com abril/2016, registrando 59,4 pontos. O resultado desse componente mostra que, embora esteja ocorrendo um processo de desinflação, os preços continuam aumentando, o que se reflete numa percepção de renda real menor. A perspectiva profissional foi outro dado negativo no ICF desse mês, com recuo de 24,0% em relação a abril/2016, alcançando 78,3 pontos. A previsão de melhora na economia tem se refletido na segurança do emprego e não em uma maior confiança dos trabalhadores.

Em relação ao consumo atual, o índice persiste em nível pessimista, apesar de ter apresentado alta de 10,1% na comparação com abril/2016, marcando 46,6 pontos. A facilidade de acesso ao crédito aumentou 2,5%, atingindo 58,8 pontos. O crédito permanece caro e os bancos, por sua vez, continuam muito restritivos na liberação de recursos. Já o indicador que mede o momento para o consumo de bens duráveis apresentou crescimento de 26,3%, ficando em 42,8 pontos. Apesar da alta em abril, a pesquisa destaca que o cenário atual de renda e crédito afeta de forma especial o consumo de bens duráveis, itens geralmente de maior valor.

O indicador de perspectiva de consumo apurou 91,2 pontos, apresentando variação de 88,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O dado reforça o movimento de alta continuada desde agosto/2016.

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